O Ministério Público Estadual instaurou inquérito para apurar denúncia de que a água utilizada no Posto de Perícias Integradas (PPI), o Instituto Médico-Legal (IML) de Governador Valadares – incluindo a usada para lavar os corpos –, estaria sendo jogada diretamente na rede de esgoto, sem tratamento. Além disso, fixou um prazo de 15 dias para a prefeitura para fazer uma perícia e, se fora o caso, apresentar uma solução.   Para atender à determinação da 10ª Promotoria de Justiça, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) terá que responder se o IML lança resíduo, efluente, produto ou subproduto químico ou poluente em curso d’água ou na rede pública de esgoto, justificar se são submetidos a prévio tratamento e também em qual curso d’água é lançado.   Assinado pelo promotor Gustavo Leite, o documento pede ainda a relação dos riscos e danos ambientais diretos e indiretos decorrentes das atividades desenvolvidas no local, como também as intervenções necessárias para a reparação.    A prefeitura, que deve começar os levantamentos nesta quarta-feira (21), informou por meio de nota que vai construir duas ETEs, uma delas no bairro Santos Dumont, onde fica o PPI. Essa ETE, já em obras, tratará 75% do esgoto da cidade. No PPI, nenhum responsável foi encontrado para falar sobre o assunto, mas um funcionário disse que o posto, vinculado ao Estado, não possui estação de tratamento de esgoto ou de Águas Residuais (ETA) próprias.   A Polícia Civil informou que “não procede a informação de que o PPI de Valadares esteja lançando, no leito do rio Doce, sangue e vísceras de corpos sob examinação naquela unidade”. E alegou que essa não seria uma prática registrada em qualquer município que tenha unidade do Instituto Médico-Legal.

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