O Ministério Público Estadual (MPE) propôs Ação Civil Pública (ACP) contra o município de Elói Mendes, no Sul de Minas, e contra o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) para que a cidade seja abastecida com água própria para o consumo. Em janeiro deste ano, a Promotoria de Justiça da cidade recebeu denúncia sobre a má qualidade da água fornecida no município, que estaria turva e amarelada. Foi requisitada à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) a realização de inspeção sanitária, que constatou irregularidades em todo o processo de tratamento da água. Segundo o MP, o relatório concluiu que a água fornecida ao município está imprópria ao consumo, colocando em risco a saúde da população. A ação, proposta pelo promotor de Justiça Eric de Oliveira, pede que seja concedida liminar para suspender a cobrança da tarifa até que seja fornecida água própria para o consumo humano, além de determinar a limpeza do manancial e a manutenção de todos os filtros da Estação de Tratamento de Água (ETA) e, também, determinar o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual próprios aos trabalhadores da ETA. A ACP pede ainda que a população local seja informada, por meio de rádio e carros de som, sobre os cuidados necessários para a utilização da água atualmente fornecida e que haja comprovação de que a água fornecida no município está dentro dos padrões de qualidade estipulados por portaria do Ministério da Saúde.