MP obtém na Justiça intervenção em empresa do grupo Del Rey

Do Portal HD
18/12/2012 às 19:37.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:45

  O Ministério Público Estadual (MPE) obteve nesta terça-feira (18) na Justiça intervenção judicial na Belo Horizonte Refrigerantes Ltda, empresa do grupo Del Rey. A empresa é investigada pelos crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro conforme apontou a operação "Que rei sou eu".   Com a decisão, o setor financeiro da empresa passará a ser controlado por um interventor indicado pela Justiça por um prazo de três meses. O objetivo é apontar se a fábrica de refrigerantes vinha lavando dinheiro e sonegando impostos, por meio do aproveitamento indevido do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) destacado em notas fiscais de compra simulada de insumos.    A intervenção, que poderá ser prorrogada ou até mesmo estendida para outras empresas do grupo, visa  demonstrar ainda as possíveis ilegalidades contábeis e financeiras perpetradas, podendo revelar o caminho criminoso percorrido pelo dinheiro sonegado dos cofres públicos.   Operação "Que rei sou eu"   Em 21 novembro deste ano, as Polícias Civil e Militar, em parceira com o MPE e com a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), deflagraram a operação "Que rei sou eu". Na ocasião, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em empresas e três em residências, inclusive nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O principal alvo da operação era o grupo Del Rey, que já  vinha sendo monitorado e, segundo as apurações, cometia irregularidades e sonegação fiscal desde 1999.   As investigações apontaram ainda que empresas eram criadas em nome de laranjas para revender, exclusivamente, as bebidas fabricadas pela empresa principal. Caso os empreendimentos fossem autados pela fiscalização tributária, eles fechavam as portas, dando lugar a novas empresas montadas pela quadrilha. Todo o esquema funcionava de modo a preservar a saúde financeira e patrimonial da empresa principal, fabricante de refrigerantes.0   Ultimamente, as práticas criminosas ocorriam em empresas de fachada sediadas no Rio de Janeiro que geravam milhões de reais de créditos “podres” de ICMS. Em uma das empresas, sediada em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), há registro de mais de 300 veículos supostamente utilizados na distribuição de refrigerantes, além de carros de luxo usados pelos envolvidos, entre estes, um BMW, um Audi e um Ferrari F430 Spider. Enquanto isso, outras empresas do grupo apresentam dívidas enormes.

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