Muita gente confunde alergia com intolerância a alimentos

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
19/06/2013 às 07:13.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:15

A psicóloga Janaína do Nascimento, de 36 anos, não pode comer ou ter contato com ovo. Já o problema da auxiliar de engenharia Juliana Costa Rodrigues, de 22 anos, é com camarão e bacalhau. Janaína descobriu a sensibilidade à albumina – componente do ovo – quando ainda era bebê; Juliana demorou um pouco mais, aos dez anos. Ambas são sensíveis aos alimentos: Janaína é intolerante, Juliana, alérgica.

Com sintomas, em alguns casos, semelhantes, as duas doenças – alergia e intolerância alimentar – são, por vezes, facilmente confundidas. As causas e o tratamento, porém, são bastante diferentes. “Na intolerância, a pessoa não consegue digerir o alimento e acaba passando mal; já na alergia, há uma reação imunológica do corpo contra aquilo”, explica o alergista Cláudio Ianni, presidente da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia (SBAI) em Minas Gerais.

No caso dos alérgicos, não há explicação lógica sobre a resposta do organismo. “O intolerante, no entanto, é aquele que não produz a enzima que digere o alimento, portanto, ele não faz a digestão e apresenta sintomas como cólicas, enjoos, diarreia e vômitos”, detalha Ianni.

Convivência

Janaína foi diagnosticada na fase da amamentação. “Até que o alimento seja totalmente eliminado do organismo, os sintomas são terríveis. Hoje, aprendi a conviver e não é tão difícil encontrar produtos que não contenham ovo”, afirma.

No caso de Juliana, porém, que já precisou ser hospitalizada por causa da alergia, a solução é uma só: eliminar os dois alimentos da dieta. “O olho incha a ponto de não conseguir abrir”, comenta ela sobre os sinais apresentados ao ingerir camarão e bacalhau.

Ianni alerta para os cuidados a serem tomados sobretudo pelos alérgicos. É preciso ficar longe do que provoca os sintomas. “Qualquer quantidade do alérgeno (substância que provoca o processo alérgico) pode desencadear as manifestações alérgicas. É importante que a pessoa tenha sempre a medicação prescrita por perto e que evite se expor às substâncias”.

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