Mulher esquece telefone em carro da Uber e não consegue recuperar aparelho

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
25/07/2018 às 19:14.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:36
 (Whatsapp/Reprodução)

(Whatsapp/Reprodução)

 A desempregada Dayane Martins Silva, 20 anos, voltava de um serviço de faxina em um prédio do Centro de Belo Horizonte, na noite do último sábado (21), quando solicitou um carro da Uber até Sabará, na Grande BH. "Meu celular estava sem carga nenhuma, quase desligando e o motorista disse que eu poderia colocar num cabo USB para recarregar. Então passei o aparelho e ele colocou na parte da frente do carro".

E foi assim que, segundo ela, os problemas começaram. "Antes de abrir a porta de casa percebi que tinha esquecido o telefone. Falei para o meu marido e em minutos a gente começou a ligar para o meu telefone na esperança do motorista atender. Chamava, chamava e ninguém atendia. Achei estranho, porque o aparelho não estava no silencioso e estava carregando bem perto do motorista".

Como o telefone não atendia, o marido pegou a moto, eles tentaram localizar o carro ainda na cidade. Porém, não conseguiram e passaram a madrugada ligando para o telefone. "Foram mais de 60 chamadas e o telefone começou a cair na caixa postal", conta Dayane.

No domingo (22) ela entrou no site da Uber e registrou a reclamação. Em resposta, a empresa pediu 24 horas de prazo e recomedou que ela entrasse em contato direto com o motorista. Dayane chegou a ir à sede da empresa na capital, mas foi informada por uma funcionária que esse tipo de problema só poderia ser resolvido pelo site.

Já na segunda-feira (23), após resgatar o chip, conseguiu falar com o motorista. Segundo Dayane, ele disse que não viu o celular, que logo após ela desembarcar teria recebido outro passageiro que podeeria ter pego o aparelho.

Foi quando ela passou a questioná-lo sobre o fato do telefone estar bem próximo e ele não ter ouvido as chamadas minutos após ela descer do carro. Ele então, segundo a desempregada, desligou o telefone.

Diante do impasse, Dayane fez um boletim de ocorrência na Polícia Militar, mas tem poucas esperanças de recuperar o aparelho, que custou cerca de R$ 1 mil.

Segundo o coordenador do Procon da Assembleia, Marcelo Barbosa, esse não foi um problema de transporte e não tem relação com o objeto da prestação de serviço da empresa e deve ser resolvido na esfera penal. "Foi um ato criminoso de apropriação indébita, prevista no artigo 168 do Código Penal. O assunto tem que ser resolvido na esfera criminal entre ela e o motorista, com o apoio da Uber, que deve fornecer todos os dados sobre a corrida. Mas ser responsabilizada, isso de forma alguma", explica o advogado.

Ainda segundo Barbosa, agora com o B.O., as partes serão ouvidas. Motorista, passageira e o próximo passageiro que ele teria pegado assim que Dayane desceu do veículo terão que dar explicações à polícia.

A reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com a assessoria da Uber e aguarda uma posição da empresa.

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