Mulher que teria matado filhas em Itabira relata ter sido ameaçada

Danilo Emerich - Hoje em Dia
12/01/2015 às 16:52.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:38

A mulher que teria matado as duas filhas e depois cometeu suícidio, Ana Flávia Marques Teixeira, de 34 anos, deixou um aúdio tentando explicar os motivos para o crime. O arquivo teria sido gravado momentos antes dos assassinatos em Itabira, na região Central de Minas Gerais, no domingo (11).   O áudio foi divulgado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (12). Ana Flávia diz que sofreu ameaças do pai de uma das filhas e que foi prejudicada por influência da família dela e do ex-companheiro.   “E gente, não tenha dúvidas que eu amo as minhas filhas. O **** (pai) acabou com a minha vida. A família dele acabou com a minha vida. Eu recebia ameaças o tempo inteiro. Que eles iriam colocar minhas famílias contra mim”, afirmou no áudio.   A mulher ainda diz que o pai negou ajuda durante a gravidez e a também a paternidade da criança. “O juiz é amigo da família da minha mãe. Minha mãe me odeia. Meus irmãos me odeiam. Minha família me odeia. O juiz, eu tenho certeza, ajudou ele a mando de alguém, principalmente minha tia ****, que é advogada, tem muita influência com esse juiz. Eu tenho certeza que tem a ajuda dela nesta história”, denuncia.   Ana Flávia relata que entrou na Justiça para tentar garantir o registro, um plano de saúde e uma pensão para a filha e que, dentro de um ano, não conseguiu resposta positiva. Ela ainda questiona como, em um prazo de 15 dias, o pai conseguiu a guarda da criança e outros pedidos.   “O que eu não consegui em um ano, o **** (pai) conseguiu em 15 dias tirar a única motivação que eu tinha para viver, que são minhas filhas. E ainda entra com o pedido de guarda delas, só para me ver sofrer, só para ter o prazer de me ver sofrer. A minha família me odeia. As pessoas me odeiam. Eu não sou nada. Sempre me disseram que sou um lixo, que eu não presto, que eu não sirvo para nada. Me perdoem todo mundo”, afirmou no áudio.   A mulher afirma que foi acusada injustamente. “As assistentes sociais do fórum me acusaram de coisas que eu não fiz. Para me prejudicar e favorecer o *** (pai) e a família dele”, disse.

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