(Polícia Civil/Divulgação)
Uma mulher, de 32 anos, que foi esfaqueada pelo ex-namorado, de 37 anos, no último domingo (29), em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, pode estar grávida dele, segundo informações de médicos que atenderam a vítima, após as agressões.
O crime ocorreu no bairro Jardim da Glória, onde a vítima mora e trabalha em um sacolão. Segundo testemunhas, quando ela retornava do trabalho, o suspeito a abordou com uma faca, golpenado a vítima no joelho, no braço e no peito. Por último, ele cravou a faca no rosto dela, abaixo do olho esquerdo.
Segundo a Polícia Civil, ele ainda tentou retirar o objeto, mas não conseguiu e fugiu. Desmaiada, a mulher foi socorrida por populares, que acionaram a Polícia Militar. Ela chegou a ser encaminhada ao Hospital Risoleta Neves, mas por causa da gravidade dos ferimentos, foi transferida ao Hospital João XXIII, onde passou por procedimentos de urgência.
O homem foi preso na segunda-feira (30) e confessou o crime, alegando não ter premeditado a ação. "Ele disse que ainda se considerava namorado da vítima e que teria ficado com ciúmes após vê-la dando um beijo em outra pessoa", afirmou a delegada Nicole Perim, responsável pelas investigações.
A mulher também foi ouvida e disse ter terminado o relacionamento com o suspeito há cerca de oito meses. Mas que ainda sofria diversas ameaças por parte do ex, que a ameaça com uma faca, obrigando ela a manter relações sexuais forçadas com ele.
Segundo a Polícia Civil, o homem estava em liberdade condicional desde o dia 27 de junho do ano passado, tendo sido condenado por homicídio cometido em 2009, no município de Governador Valadares. Agora ele responderá pelo crime de tentativa de homicídio, cuja pena prevista é de 12 a 30 anos de prisão, podendo ser agravada, caso haja confirmação da gravidez.
As investigações continuam para apurar os possíveis abusos sexuais sofridos pela vítima. "É muito importante orientarmos as mulheres que se encontram em situação semelhante de vulnerabilidade que, ao menor sinal de violência, procurem a polícia imediatamente. Observamos a tendência dos abusos se agravarem, quando não há denúncia, podendo chegar até a uma situação fatal", concluiu a delegada.
* Fonte: Polícia Civil
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