‘Não enche o saco do Chico’ concorre em concurso nacional de marchinhas

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
02/02/2016 às 07:16.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:16
 (Julia Lanari)

(Julia Lanari)

Com mais de 1 milhão de visualizações no Youtube em menos de um mês, “Não enche o saco do Chico” tem condições de ser muito mais do que uma sensação da internet e se tornar um verdadeiro hit de Carnaval. A composição dos mineiros Vitor Velloso e Marcos Frederico venceu a quinta edição do tradicional Mestre Jonas e está no páreo do 11º Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas, promovido pela Fundição Progresso, no Rio de Janeiro.

São duas representantes mineiras na disputa – a outra é “Eu Não Sei de Nada”, de Claudinha Proton, de Contagem – e isso chama a atenção nacionalmente para a música que tem sido produzida no Estado atualmente. A melhor composição será escolhida pelo público, via internet, e a votação se encerra no sábado.

“A música bombou no país, mas em Belo Horizonte esteve dividida entre outras que também se destacaram. O Mestre Jonas é disputadíssimo. Agora queremos trazer um título inédito para BH. Queremos ser os representantes do concurso Mestre Jonas nacionalmente”, afirma Vitor Velloso.

Ele conta que estava no Japão quando surgiu a ideia de fazer uma marchinha sobre a abordagem que jovens fizeram em Chico Buarque no Leblon, enquanto o músico saía de um restaurante. “Estava em um bar de Kyoto quando um japonês veio conversar comigo, dizendo que era fã do Chico. Ele disse que a música era maravilhosa, mas não entendia nada. Me perguntou qual era o significado da palavra amor, que aparecia em tantas músicas”, lembra o músico.

“Quando vi o caso na internet, pensei que o Chico é o embaixador da música brasileira, que leva o amor para os outros, como o japonês observou, mas tem gente que devolve ódio, simplesmente porque pensa de forma diferente”, completa.

Parceria

Velloso já se tornou referência na cidade quando o assunto é marchinha. Ele é o autor do “Baile do Pó Royal”, vencedora do Mestre Jonas há dois anos, parceria com Gustavo Maguá, e reuniu amigos (Marcos Frederico, entre eles) para formar a Orquestra Royal, uma banda com enfoque para marchinhas – das composições próprias às versões clássicas em outros ritmos, como “Mamãe Eu Quero” em formato de arrocha. A estreia do grupo foi no último sábado, com show gratuito na rua Paraíba.

“Queremos tocar músicas de carnavais antigos em novas versões. Já estamos negociando shows em São Paulo e Rio de Janeiro”, adianta Velloso.

Para votar: votechico.com.br

 



 

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