A Polícia Militar (PM) vai aumentar o número de homens responsáveis pela segurança nas ruas da capital mineira durante o Carnaval. A previsão inicial, conforme o Hoje em Dia mostrou na edição desta terça-feira (3), era a de que 5.300 militares atuassem nos dias de folia. Agora, são esperados mais cerca de 2 mil PMs durante o evento que promete reunir 1,5 milhão de pessoas na cidade – 50% a mais de foliões que em 2014.   O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo novo comandante de Policiamento da Capital (CPC), coronel Cícero da Cunha, durante a solenidade de posse dele e de mais outros seis chefes de batalhões de Belo Horizonte. “O contingente será distribuído conforme o planejamento repassado pela Belotur. Blocos que estimarem maior número de pessoas terão mais policiais. Os que tiverem previsão menor de público terão policiamento proporcional”, explicou Cunha.    O coronel afirma que o reforço no efetivo para a festa momesca na capital virá do Batalhão Metrópole, que compõe parte dos militares do setor administrativo, do Comando de Policiamento Especial (CPE) e da Academia de Polícia. “Estamos ‘cassando’ as férias, e também teremos homens que trabalham na administração”, completou o comandante.    O chefe do CPC não descartou o apoio dos militares oriundos de cidades do interior do Estado onde o Carnaval deste ano foi cancelado. “Ainda vamos avaliar essa possibilidade, mas acredito que não será necessária essa convocação”.    Para a Polícia Militar, a grande preocupação nesta folia não será o número de homens nas ruas, mas a concentração de blocos não cadastrados na Belotur. “Não podemos prever e nem montar um planejamento de segurança para uma festa que desconhecemos, como aconteceu no último fim de semana no bairro Santa Tereza (Leste de BH). Iremos preparar uma estratégia de segurança para os eventos cadastrados”, salientou Cunha.    Com o reforço, a expectativa é a de que haja um policial para cada 205 foliões na cidade no período de festa. O aumento do contingente era primordial, segundo Frederico Marinho, pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp), da UFMG. “É normal haver aumento do consumo de álcool e outras drogas em datas como o Carnaval”, afirmou. Como consequência, é esperado o aumento das ocorrências policiais, exigindo uma atuação firme dos militares.

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