Cerca de 200 pessoas, segundo a Polícia Militar, fizeram um novo protesto pelas ruas da capital, na noite desta sexta-feira (15), mais uma vez contra o aumento de tarifas do transporte coletivo de BH. A concentração começou na Praça Sete, por volta das 18h, provocando a interdição da avenida Afonso Pena. Na sequência, o grupo, formado por membros do Passe Livre e Tarifa Zero, seguiram por diversas vias do hipercentro e também do bairro de Lourdes, na região central da cidade.

Nenhuma ocorrência mais grave foi registrada, mas dois rojões foram lançados, deixando o clima bastante tenso. Segundo a Polícia Militar, as bombas foram acionadas pelo próprios manifestantes. "O objetivo disse deles era que a polícia ficasse intimidada, o que não aconteceu", explica o comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Marcelo Pinheiro.

Integrantes dos "Black Blocs" também estavam no protesto, o que deixou o clima tenso, ao ponto de muitos comerciantes de ruas por onde o grupo passa fecharem as portas. Alguns manifestantes protestam contra a PM e pediam o fim do órgão. Segundo o tenente da Polícia Militar, Tiago Rocha, os manifestantes estão incitando a PM a agir e pediu que o grupo tentasse identificar quem estaria atirando os rojões.

Na altura da rua Bárbara Heliodora, no Lourdes, os manifestantes pararam e começaram a protestar contra o presidente da BHTrans, Ramon Victor César. Além de gritos de ordem, eles ateram fogo em uma catraca em frente à casa do chefe da autarquia. Por causa da tensão do clima, o protesto ganhou reforço de mais policiais, que inclusive filmam a ação.

Devido ao protesto, o trânsito nas vias por onde o grupo passa está sendo desviado, mesmo assim há registro de lentidão em diversas ruas da região central de BH. Militares do Batalhão de Trânsito e da Polícia Militar acompanham a ação, além de agentes da BHTrans.

Esta é a segunda manifestação do ano na capital mineira e chama a atenção da população para o reajuste tarifário também na Região Metropolitana. "Enquanto a passagem não baixar iremos ocupar as ruas de BH e Região", garante a integrante do Passe Livre, Cíntia Melo.

Segundo organizadores do Movimento Passe Livre, os protestos devem acontecer nos próximos dias em outras três cidades da Grande BH: Contagem, Nova Lima e Pedro Leopoldo.

Avaliação

Para a Polícia Militar, o grande temor é que os protestos ganhe proporções violentas. "O que percebemos é que existe um grupo infiltrado entre os integrantes dos atos para realizarem baderna. Isso requer um mais de atençao por parte dos órgãos de segurança", explica o comandate do Batalhão de Choque,tenente-coronel Marcelo Pinheiro.

Ainda de acordo com o comandante, as intervenções a respeito do ato serão feitas de acordo com os rumos dos protestos. "Como nenhum integrante se apresenta como líder e por isso acompanhamos a movimentação de perto. Quanto aos prejuízos ao trânsito, até o momento segue sob controle devido ao período de férias, o que pode mudar com a volta às aulas", acrescenta.

Durante as duas manifestações realizadas neste ano, integrantes da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação e Cidadania, acompanharam o ato durante todo o trajeto.  

Atualizada às 22h51

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