Mais 250 vagas para formação de talentos mineiros, incluindo crianças, implantação da gratuidade e construção de um novo espaço para cursos. Essas são algumas das principais medidas adotadas pelo Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), gerenciado pela Fundação Clóvis Salgado (FCS), ligado ao governo do Estado.

O Cefart é formado pelas Escolas de Dança, Música, Teatro, Artes Visuais e Tecnologias da Cena. 

As mudanças decorrem de reivindicações feitas pelos alunos e profissionais da instituição, além do próprio público. Uma das novidades foi a ampliação do número de vagas para a capacitação de teatro, passando de 20 para 40.

“A criação da nova turma é uma resposta efetiva e positiva ao atendimento de uma antiga demanda. No processo seletivo realizado no ano passado, mais de 400 pessoas se inscreveram para disputar as 20 vagas existentes”, explica o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Augusto Nunes-Filho.

Matriculado no segundo ano da formação em teatro, Cacá Correa diz que a ampliação atende a um antigo desejo dos estudantes. “É uma boa notícia para nós, alunos, e, também, para as outras pessoas, que podem tentar ingressar no curso”.

Um dos principais requisitos para participar da capacitação é estar cursando ou ter concluído o ensino médio.

Tecnologia

Novos cursos também são destaque no Cefart. Em 2016, a unidade passou a ofertar a formação em tecnologia de cena e produção em artes visuais, capacitando profissionais e criando as condições para que os espetáculos aconteçam.

“Antes havia formação em dança, teatro e música. A partir do diálogo com alunos verificamos uma deficiência na formação na área da tecnologia voltada à realização de espetáculos no mercado das artes”, diz Vilmar Pereira de Sousa, diretor do centro de formação.

Produções

Para estimular o protagonismo dos alunos e conhecimento técnico, já em 2017, a mostra de cenas curtas “Me Mostra Livre” foi produzida e executada pelos alunos de teatro da FCS. Esse foi o pontapé para que os futuros artistas e técnicos pudessem ver como é a realização integral de um espetáculo, como se dão os financiamentos, o manejo dos recursos disponíveis e a realização de determinada produção.

“A primeira mostra foi rica em aprendizado. Nesse ano de 2018 teremos mais duas edições. Os alunos do teatro têm, regularmente, duas produções anuais, já na dança e nas demais áreas elas acontecem ao longo do ano”, comenta o diretor.

Além da ampliação para a área de tecnologia, a FCS também reestruturou a oferta pública e aboliu a cobrança de mensalidades dos cursos de formação, que existia até 2014. A medida possibilitou a qualificação de estudantes de baixa renda na qualificação, democratizando o acesso.

Novo espaço tem previsão de inauguração ainda em 2018

Anunciada no fim do ano passado, a nova unidade do Cefart deverá ser ocupada ainda este ano. A instalação será em um imóvel de quatro pavimentos, ao lado da Serraria Souza Pinto, na avenida dos Andradas, no Centro da capital. Ele será integrado ao Corredor Cultural da Praça da Estação.

A unidade vai abrigar algumas atividades das escolas de Artes Visuais, Dança, Música, Teatro e Tecnologias da Cena, entre outras, que compõem a atual matriz curricular do centro de formação.

Além disso, no novo local estará em funcionamento o Centro Técnico de Produção, que armazena o acervo das montagens realizadas pela Fundação Clóvis Salgado (FCS). Hoje, o material está guardado em uma antiga fábrica de tecidos em Marzagão, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

O objetivo é facilitar o acesso da população a esse material. “A transferência será o primeiro passo das obras e mudanças para o espaço”, pontua Vilmar Pereira de Sousa, diretor do Cefart.

Ações de guarda, preservação e produção de cenários e figurinos realizados ao longo dos 45 anos de história da FCS ficarão disponíveis no novo local.

Compartilhar