Obra deixa Praça da Liberdade 'pelada', mas Iepha garante aumento no número de árvores

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
20/09/2018 às 11:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:32
 (Flávio Tavares/ Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/ Hoje em Dia)

Imagens do processo de revitalização da Praça da Liberdade, no Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, têm incomodado admiradores do espaço nos últimos dias. Nas redes sociais, há reclamações sobre a aparente diminuição na quantidade de árvores no local. Será que é isso, mesmo? 

chocado que DEPENARAM a praça da liberdade nessa revitalização pic.twitter.com/jqvatQbK7Y— (@ciganovictor) 11 de setembro de 2018
vi q cortaram um tanto de árvore da praça da liberdadeq coisa triste— Nubs (@meirritei_) 17 de setembro de 2018
Essa é a situação atual da Praça da Liberdade.Opinião de uma profissional de paisagismo:Exageraram na retirada de algumas plantas. Principalmente na parte… https://t.co/Gy6Enogjvd— JrThEpOwEr (@JRTHEPOWER) 14 de setembro de 2018

Sim e não. O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) garante que é temporário. De acordo com a instituição, 30 árvores foram substituídas (retiradas e replantadas) e outras 19 espécies e nove palmeiras foram acrescentadas ao local. Assim, ao fim da revitalização - em novembro, pouco antes da decoração de Natal - a Praça da Liberdade terá quase 30 mil mudas e 6.154,05 metros quadrados de grama. Além disso, apresentará nova iluminação, paisagem e sistema de irrigação. A revitalização é realizada com recursos da iniciativa privada e está orçada em R$ 2,6 milhões.

Os cortes, porém, não estão excluídos. "Está prevista a eliminação de galhos, que impeçam o crescimento das árvores, alterem suas copas ou ofereçam riscos de acidente. A poda, dessa forma, cumpre o objetivo de supressão de galhos mortos, comprometidos por agentes patológicos e considerados incompatíveis com a circulação humana ou que impeçam a insolação adequada para o equilíbrio e saúde da vegetação", afirmou o instituto, em nota.

É esperar para ver!Flávio Tavares/ Hoje em Dia / N/A

Projeto de restauração foi desenvolvido pelo arquiteto Ricardo Samuel Lana e teve aprovação do Iepha, da Prefeitura de Belo Horizonte e dos Conselhos de Patrimônio Estadual e Municipal

Saiba mais!

A Praça já foi revitalizada outras três vezes: em 1920, 1969 e 1991. Conheça um pouco da história.

A Praça da Liberdade emerge como ponto emblemático da cidade de Belo Horizonte desde o período da sua construção, de 1895 a 1897, época também da inauguração da capital mineira, projetada pelo engenheiro Aarão Reis. Construída inicialmente sob a influência do paisagismo inglês naturalista, a praça passa por sua primeira grande reforma no ano de 1920, quando adota o estilo francês, inspirado nos jardins de Versailles, por ocasião da importante visita dos reis da Bélgica a Belo Horizonte.

Pela sua localização, situada na convergência das avenidas Cristóvão Colombo, João Pinheiro - antiga Avenida Liberdade -, Brasil e Bias Fortes, a Praça da Liberdade se torna um dos locais favoritos dos mineiros e dos turistas que passam pela cidade. Disposta simbolicamente no centro de uma arquitetura marcante, que reúne construções ecléticas, modernistas e pós-modernistas, a Praça da Liberdade foi tombada em 1977 pelo Iepha, como Conjunto Monumental do Centro Cívico do Governo do Estado de Minas Gerais.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por