Obras para conter lama de barragens em risco podem levar moradores de volta para casa

Renata Evangelista
24/09/2019 às 20:48.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:55
 (Reprodução)

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Obras de contenção de uma possível lama de rejeitos em caso de rompimento de barragens em Minas, anunciadas pela Vale, podem representar alívio para as famílias retiradas das áreas ameaçadas. Com o fim das intervenções, previsto para fevereiro de 2020, parte dos 1.200 moradores evacuados poderão retornar para as casas.

As estruturas alvo das ações são a B3/B4, no distrito de Macacos, em Nova Lima (Grande BH), Forquilhas I, II, III e IV, em Ouro Preto, e Sul Superior, em Barão de Cocais – essas últimas na região Central do Estado. 

Todos os reservatórios estão em alerta máximo de risco. O investimento nas barragens chega a R$ 1,5 bilhão, informou a mineradora nesta terça-feira (24). 

De acordo com Marcelo Klein, da Diretoria Especial de Reparação e Desenvolvimento da Vale, em Macacos está sendo erguido um muro de 30 metros (m) de altura por 190m de extensão. Já em Barão de Cocais, a barreira tem 36m de altura por 306m. 

A maior contenção será construída em Forquilhas, que terá 60m por 350m. Para realizar as obras, a mineradora construiu acessos alternativos nos locais, desviando o tráfego dos caminhões com o intuito de reduzir os transtornos para a população.

O diretor garante que os reservatórios são monitorados 24 horas por dia. Em caso de colapso, o plano de evacuação seria imediatamente acionado. “Os operários, por exemplo, teriam 30 minutos para deixar a área”, explicou.

Marcelo Klein disse, ainda, que os moradores que não puderem voltar para os imóveis serão indenizados.

Descaracterização

A companhia informou que também aplicará R$ 7,1 bilhões para o descomissionamento das nove barragens mineiras construídas no método a montante, o mesmo das estruturas que se romperam em Mariana, em novembro de 2015, e em Brumadinho, em janeiro deste ano.

As barragens de Macacos, Barão de Cocais e Itabirito – consideradas mais críticas – serão descaracterizadas entre três e cinco anos. O prazo para “acabar” com as demais não foi detalhado pela empresa.

  

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