Ocupação de 97% dos leitos de UTI leva Ipatinga a fechar comércio não essencial

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
02/06/2020 às 14:47.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:39
 (Pixabay/Divulgação)

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Após registrar a ocupação de 97% dos leitos de terapia intensa exclusivos para pacientes com Covid-19, a Prefeitura de Ipatinga, no Vale do Aço, decidiu fechar o comércio não essencial por dez dias. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (1º), em uma reunião do Comitê Gestor de Crise. Antes, as lojas podiam abrir em três dias da semana (segunda, quarta e sexta), das 12h às 18h.

Ipatinga tem 295 casos confirmados da doença e quatro óbitos. O último boletim epidemiológico aponta que 15 moradores do município estão internados no momento (o documento não revela quantos leitos são ocupados por pessoas de cidades vizinhas). Outras 146 pessoas da cidade se recuperam em casa.

De acordo com o prefeito Nardyello Rocha, o isolamento social no início da pandemia foi importante para que o município pudesse ampliar de 16 para 40 os leitos de enfermaria do Hospital Márcio Cunha, além de aumentar de sete para dez o número de leitos de UTI.

Um hospital de companha deve ser inaugurado até o fim da semana, mas só terá leitos de enfermaria – são previstas 40 vagas. O município revela ter tido dificuldades para comprar respiradores para novos leitos de UTI, mas conseguiu alugar 20 ventiladores, por seis meses, que poderão ser usados em casos de média gravidade.

Microrregião

Uma reunião com prefeitos de 13 municípios da microrregião, que também dependem desses leitos no tratamento de pacientes com Covid-19, foi marcada para esta terça-feira (2). De acordo com a Prefeitura de Ipatinga, o objetivo é buscar a uniformização dos procedimentos de segurança referentes à contenção da proliferação do novo coronavírus.

Além disso, o município irá instalar quatro barreiras sanitárias, para aferir a temperatura de pessoas de outras cidades. A prefeitura informou que “a ação não tem como objetivo impedir a entrada e a saída de pessoas, mas, sim, garantir a saúde daqueles que precisam trafegar entre os municípios do Vale do Aço”.

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