Ocupação de leitos de UTI segue na zona vermelha em BH e ameaça flexibilização

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
16/06/2020 às 18:00.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:47
 (Mario de Oliveira/Fotos Públicas)

(Mario de Oliveira/Fotos Públicas)

Pelo segundo dia consecutivo a ocupação dos leitos de UTI em Belo Horizonte ficou acima dos 80%, o que é considerado zona vermelha pelo Comitê de Enfrentamento à Covid. O índice é um dos três fatores usados para determinar se a capital continua no processo de flexibilização do isolamento social. Além dele, a lotação dos leitos de enfermaria - que atualmente está no nível amarelo - e a taxa de transmissão do novo coronavírus são analisados.

De acordo com o último levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), divulgado nesta terça-feira (16), 81% dos 246 leitos dedicados exclusivamente para atender infectados com a Covid-19 estão ocupados. O aceitável pelo comitê é lotação inferior a 70%. Com relação aos leitos para pacientes com outras doenças, 83% estão ocupados. No total, a metrópole tem 966 leitos de UTI.

"Essa situação é muito preocupante. Temos monitorado dia a dia e vamos acompanhar como será no decorrer da semana para ver que direção iremos tomar. Se vamos regredir no isolamento social, determinando o fechamento do comércio, manter como está ou liberar novos setores", explicou o infectologista Unaí Tumpinambás, que integra do comitê.

O mais recente levantamento da SMSA mostra, ainda, que 61% dos 688 leitos de enfermaria dedicados à Covid-19 estão ocupados. Ou seja, há uma pequena folga do índice que foi estipulado pela prefeitura. Com relação a taxa de transmissão da doença, o nível aceitável pelo executivo é de 1,2. Na semana passada, a taxa estava em 1,19.

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