Oficina de costura é fonte de renda no Vale do Rio Doce

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
08/07/2013 às 06:57.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:50

MENDES PIMENTEL – Uma oficina de costura comunitária vem mudando a realidade de 32 mulheres de Mendes Pimentel, no Vale do Rio Doce. Mais que um complemento de renda, a parceria é uma ferramenta de inserção social, porque a maioria teve na oficina a primeira experiência profissional. Com rendimentos médios de meio salário mínimo, hoje elas têm na costura a sua principal fonte de renda.

A oficina é fruto do trabalho da Associação Mãos Dadas de Mendes Pimentel (Amada) e parcerias entre a Emater e a prefeitura. A sua localização é estratégica: o centro da cidade, no terraço está instalada uma creche, onde as crianças podem passar o dia.

Produzindo em torno de mil peças por semana, as “costureiras de Mendes Pimentel”, como são conhecidas, já atendem a uma fábrica de camisas sociais de grande porte e ampliam seus negócios pelo Leste do Estado.

Segundo a presidente da Amada, Maria Aparecida da Silva, a maioria das camisas de malha promocionais e para uniformes utilizadas na cidade também passa pelas mãos das costureiras, algumas ainda calejadas por anos de trabalho pesado na roça.

Na cidade de pouco mais de seis mil habitantes, a pecuária e a agricultura são as principais fontes de economia, mas a prefeitura é a maior empregadora. “A prefeitura não dá conta de absorver toda a mão de obra disponível e o comércio também, não. Precisávamos de uma alternativa, criar uma fonte de renda para as mulheres” explicou a presidente da oficina.

Maria Aparecida revelou que a meta é aumentar a produção e, assim, ampliar os ganhos das famílias envolvidas, mas esses planos têm sido adiados por causa da alta rotatividade das costureiras da oficina.

“A maioria das mulheres chega aqui sem nunca ter costurado antes e depois que aprende o serviço acaba sendo contratada por empresas da região. Perdemos a mão de obra que qualificamos, mas cumprimos nosso papel social porque é mais uma mulher garantidora do seu sustento que está nos deixando”, disse. “Assim, toda a cidade ganha porque novos recursos vão ser investidos em serviços”, completou.

Na zona rural

Para que as costureiras alcancem ganhos mensais de mais de um salário mínimo, a Amada está formando pequenos grupos na zona rural, terceirizando os serviços que contrata. Assim, estão sendo beneficiadas as costureiras que não podem sair ou preferem trabalhar em casa.

Em outro leque, a Amada terceiriza o serviço para outras associações. “Encomenda temos de sobra. O que falta é mão de obra qualificada”, disse a presidente Maria Aparecida.

 

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