Opções de financiamento garantem curso superior

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
06/11/2014 às 07:22.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:55
 (Una/divulgação)

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Depois de muitas noites em claro, milhares de estudantes realizarão as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), programa do governo federal que dá acesso a diversas universidades particulares do país. Os testes, no entanto, são apenas uma das batalhas a serem enfrentadas na guerra pela conquista da educação superior. Depois de ingressar na faculdade, os estudantes precisam pagar pelos cursos, que são caros. E é aí que entram em cena os financiamentos estudantis.   Desburocratizado em 2010, quando houve redução dos juros e aumento no prazo para pagamento da dívida, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do governo federal, é o queridinho que quem entra na faculdade.   O motivo é simples. Além dos juros baixos, que caíram de 6,5% ao ano para 3,4% há quatro anos, o tempo para pagar a dívida foi ampliado. Hoje, o estudante tem três vezes o tempo do curso para quitar o débito mais um ano. Ou seja, se um curso dura quatro anos, o estudante tem 13 anos para arcar com ele. Isso, depois de formado, quando ele teoricamente já está ganhando dinheiro com a profissão.   De acordo com o professor de Economia do Ibmec, Reginaldo Nogueira, a baixa taxa de juros do programa é muito atrativa e deve ser considerada por todos aqueles que querem estudar, mas não têm condições de arcar com os gastos.   O Fies, ainda segundo o professor, também deve ser considerado por quem quer estudar em uma instituição melhor. “Às vezes, a pessoa tem condições de entrar em uma faculdade com capital próprio, mas poderia ingressar em outra muito melhor se tivesse Fies. Vale a pena”, afirma Nogueira.    A título de comparação, é possível citar os juros da poupança que, atualmente, com a Selic em 11,25% ao ano, chegam a 0,58% ao mês, o equivalente a 7,19% ao ano. Ou seja, quase o dobro dos juros cobrados pelo Fies. Os financiamentos privados também são um apoio a mais para os estudantes. Entre eles, o Pravaler se destaca. Com juros que variam de 0% a 2,19% ao mês, de acordo com a instituição de ensino, o crédito pode ser contratado junto ao site da entidade.   Em Minas, sete instituições não cobram juros no Pravaler. Outras dão subsídios. De acordo com Rafael Baddini, diretor de Marketing da Ideal Invest, gestora do Pravaler, a maioria dos clientes do produto são estudantes que já trabalham e que não querem deixar o pagamento da faculdade para o futuro. “A pessoa estuda um semestre e paga o seguinte, mas o pagamento de dois semestres não se acumulam”, explica.   Oportunidades desperdiçadas   Que um curso superior pode turbinar a carreira do profissional não é novidade para ninguém. O que parece ser pouco levado em consideração é que a carreira deve ser planejada. E, por que não começar na faculdade?    De acordo com a consultora empresarial e coaching de executivos Cristina Amaral, as instituições de ensino superior possuem uma gama de oportunidades de desenvolvimento profissional que costuma ser pouco aproveitada pelos alunos.   Como exemplo do que deve ser explorado pelos estudantes ela cita as empresas juniores, os programas de aconselhamento educacional e o networking. Ainda de acordo com ela, o aluno deve pensar o que ele quer para o curto, médio e longo prazos. Depois, colocar em prática métodos para alcançar estes objetivos.

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