Operários liberam carro cimentado em calçada de BH, mas a disputa continua

Paulo Peixoto - Folhapress
13/12/2013 às 19:17.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:47
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

A Saveiro que havia sido cimentada na calçada de uma avenida de Belo Horizonte foi "liberada" nesta sexta-feira (13), mas a disputa entre vizinhos por dois metros de área pública ainda está longe de acabar.

No sábado, operários da obra de um prédio comercial cimentaram as rodas do carro porque, segundo eles, o advogado Márcio Parreiras Drumond, de 57 anos, que usa o local para revender veículos e é responsável pela Saveiro, de placa GSD-0291 (Ibirité-MG), se recusou a tirar o carro do local onde estava prevista a construção de uma calçada.

Drumond diz que recorreu à Justiça na quinta-feira (12), por meio de uma medida cautelar, para "mostrar que a obra [do prédio] invadiu a rua em dois metros" para construir uma calçada. Ele pede indenização por perdas e danos.

 

Operários usaram britadeira e enxada para remover o concreto ao redor da Saveiro (Foto Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Segundo a advogada Tatiana Mafaldo, que representa a obra, a retirada do veículo foi pedida à BHTrans e, para que isso ocorresse, os operários quebraram o cimento que envolvia as rodas da Saveiro.

Drumond diz, no entanto, que a BHTrans esteve no local na manhã desta sexta-feira e nada pôde fazer, porque foi informada que a questão já está na Justiça.

O local da disputa é uma rua inacabada na esquina da avenida Barão Homem de Melo, bairro Nova Granada, região Oeste da Capital, que, por ser muito íngreme, não permite a passagem de veículos. É nesse canto de rua que Drumond expõe os carros que revende há 20 anos.

 

Saveiro, que estava à venda por uma agência de automóveis, foi cimentado sobre a calçada (Foto: Marcelo Prates/Hoje em Dia)


A obra diz ter o alvará da prefeitura para a construção e, segundo o projeto, os carros estão sobre a calçada da rua inacabada, e não na via.

Desde quinta-feira, a reportagem tenta obter da prefeitura esclarecimentos sobre esse imbróglio, mas até as 16h30 desta sexta não recebeu nenhuma resposta. A BHTrans, por sua vez, informou que até o fim do dia poderá emitir um comunicado sobre a inusitada situação.

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