Operação Clone desarticula quadrilha especializada em fraudes bancárias que agia em Minas

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
28/09/2020 às 21:38.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:39
 (Renata Evangelista/Hoje em Dia)

(Renata Evangelista/Hoje em Dia)

Seis integrantes de uma quadrilha especializada em fraudes bancárias que atuava em Minas Gerais foram presos pela Polícia Civil na operação Clone. Três suspeitos foram detidos em julho, em Belo Horizonte, e os demais em setembro. Um deles estava foragido em São Paulo. 

O grupo aplicava os golpes há cerca de quatro anos e ostentava uma vida de luxo nas redes sociais.

As investigações começaram em junho deste ano, quando a Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Roubo a Banco, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), notou um aumento do número de fraudes bancárias no Estado.

De acordo com a polícia, um dos suspeitos, proprietário de uma empresa, era o responsável por repassar aos demais integrantes os dados pessoais como nome, RG, CPF, CNH e endereço de futuras vítimas para outros criminosos que faziam a adulteração da carteira de motorista por computador, trocando a foto da vítima pela foto de um dos estelionatários.

De posse do documento falso, eles solicitavam abertura de conta e cartões de crédito em bancos virtuais. Os cartões de crédito em nome das vítimas eram desbloqueados e todo valor do limite descarregado nas máquinas de cartões pertencentes à organização, além de serem utilizados em compras pela internet e em viagens. 

Os agentes identificaram três suspeitos e, em 7 de julho, prenderam o trio em flagrante. Com os suspeitos foram apreendidos máquinas de cartões, documentos adulterados, cartões de crédito em nome de terceiros, solventes e produtos utilizados para “lavar” documentos e impressora.

Em seguida outros três integrantes do grupo foram identificados e dois deles foram presos em Contagem, na Grande BH. O outro investigado estava com mandado de prisão em aberto e foi localizado na cidade de São Paulo.

Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de estelionato, falsificação de documento e organização criminosa. As penas podem chegar a 19 anos de reclusão. 

As investigações continuam para identificar e prender outros integrantes do grupo.

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