Operação contra roubos em mineradoras de ouro termina com 21 presos em Minas

Janio Fonseca
jfonseca@hojeemdia.com.br
04/07/2018 às 18:42.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:12
 (PCMG/Divulgação)

(PCMG/Divulgação)

Pelo menos 21 pessoas foram presas durante a operação Quimera, da Polícia Civil de Minas, na manhã desta quarta-feira (4), suspeitas de integrar uma organização criminosa que roubava há anos mineradoras de ouro. Ao todo, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em Santa Bárbara, Barão de Cocais e João Monlevade, na região Central de Minas, e em Belo Horizonte. Três pessoas estão foragidas.

Na operação, foram apreendidos uma sacola com dezenas de pepitas de ouro com teor estimado entre 90% e 95% de pureza, R$ 40 mil em dinheiro, rádios comunicadores, 23 veículos, dois detectores de ouro, além de substâncias e equipamentos utilizados no processo de apuração de ouro. Foi decretado, ainda, bloqueio de bens e valores dos investigados.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Domiciano Ferreira Monteiro de Castro Neto, trata-se de um grupo extremamente organizado. "O grupo é profissional e perigoso. Eles conseguiam ludibriar os pesados sistemas de bloqueios, vigilância, alarmes e segurança armada existentes. A organização criminosa conta com diversos núcleos de atuação, um deles formado por funcionários das empresas vítimas do esquema. Desses funcionários, cinco que ficavam incumbidos de repassar informações privilegiadas aos demais membros do grupo foram presos" explicou.

A Polícia Civil, através da assessoria de imprensa, informou também que conseguiu identificar o núcleo de receptadores e donos de joalherias que faziam a compra do ouro e repassavam mercúrio e outras substâncias para os suspeitos dos crimes utilizarem no processo de apuração mineral. Outra parte da organização era responsável pelo domínio do tráfico de drogas e armas de fogo no distrito de Barra Feliz, em Santa Bárbara.

Além de todos estes crimes, o Delegado Domiciano Monteiro explicou que o grupo ainda é investigado por praticar lavagem de dinheiro. "Eram realizadas transações financeiras com frequência, especialmente a partir dos receptadores no momento em que recebiam o ouro produto do crime. Vários membros da organização criminosa se preocupavam com grandes investimentos em imóveis e veículos, pois assim poderiam chamar a atenção de outras pessoas" finalizou o delegado.

Os presos foram encaminhados para o Sistema Prisional do Estado, onde já se encontram à disposição da Justiça. Os suspeitos deverão responder pelos crimes de furto qualificado e organização criminosa. Também será apurado o crime de lavagem de dinheiro.

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