Operação contra facção criminosa PCC prende 34 pessoas em Minas e em outros 3 estados

Da Redação
09/08/2019 às 07:23.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:55
 (PF/divulgação)

(PF/divulgação)

Pelo menos 32 pessoas foram presas pela Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira (9), em Minas e em outros três estados durante a operação "Caixa-Forte", desencadeada para desarticular braço financeiro da facção criminosa  PCC – Primeiro Comando da Capital, com atuação dentro e fora dos presídios. 

Conforme a corporação, a ação é uma continuidade da operação "Cravada" da PF contra essa organização criminosa realizada nesta semana. Ao todo, foram expedidos 52 mandados de prisão preventiva, 48 de busca e apreensão e 45 de bloqueio de contas bancárias, com alvos em 18 cidades mineiras, do Paraná, de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Seis dos mandados de prisão são contra pessoas que já estão encarceradas.

Coordenada pela Polícia Federal em Minas Gerais, a operação tem a maior parte dos alvos no Paraná. Os mandados estão sendo cumpridos em Uberaba e Conceição das Alagoas, no Triângulo Mineiro, Campo Grande (MS), Corumbá (MS), São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP), Itaquaquecetuba (SP), Embu das Artes (SP) e nas cidades paranaenses de Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara.

Investigação

As investigações tiveram início em novembro de 2018 e identificaram a existência de uma seção rigidamente estruturada dentro da facção, denominada "Geral do Progresso". O setor era responsável por gerenciar o tráfico de drogas, distribuindo os entorpecentes que garantem o sustento da organização criminosa, bem como por orquestrar a lavagem de dinheiro dos valores oriundos dos crimes praticados.

Na operação, contas bancárias de pessoas aparentemente estranhas ao PCC eram cooptadas para ocultar e dissimular a natureza ilícita do montante movimentado. Os criminosos também utilizavam o método de “depósitos fracionados” para lavar o dinheiro, realizando depósitos bancários de pequenas quantias em diversas contas, de forma a não se identificar o depositante e não se ativarem os gatilhos de comunicação de atividade suspeita às autoridades do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), previstos na Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro.

Posteriormente, o dinheiro era transferido a outras contas ou mesmo sacado em terminais eletrônicos. Foram identificadas 45 contas bancárias, todas bloqueadas e com os valores sequestrados judicialmente. A movimentação financeira ultrapassou sete milhões de reais durante o período das investigações. Os números das contas eram enviados por integrantes de outro setor da facção, denominado "Resumo Integrado do Progresso dos Estados e Países", responsável também pelo recebimento dos comprovantes para a realização da contabilidade geral dos valores movimentados.

Os presos estão sendo investigados pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas combinadas podem chegar a 33 anos de prisão.

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