Operação de guerra em BH contra ônibus clandestino

Celso Martins - Do Hoje em Dia
15/12/2012 às 11:03.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:36

Uma verdadeira operação de guerra foi montada na sexta-feira (14) pela empresa de ônibus CVA para burlar a fiscalização e garantir o transporte clandestino de Belo Horizonte para o interior do Estado. Táxis foram contratados para levar os passageiros até a BR-381, um quilômetro depois de onde foi montada uma barreira de fiscalização.

A rodoviária clandestina mantida pela CVA, localizada no bairro Lagoinha, região Noroeste de Belo Horizonte, mostrada com exclusividade pelo Hoje em Dia na edição de terça-feira, também foi praticamente cercada por fiscais da prefeitura e do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG).



Alternativa
 

Sem um local para fazer o embarque, a direção da CVA contratou táxis, por R$ 80, para levar quatro passageiros por veículo até o posto Fumaça, na BR-381, na saída para Vitória (ES), de onde partiram dois ônibus, um para Almenara, no Vale do Jequitinhonha, e outro para Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.

Antes de chegarem ao posto de combustível, os ônibus passaram vazios por uma barreira da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Sabará, na região metropolitana, onde estava uma equipe de fiscalização do DER-MG.

Como havia apenas um policial rodoviário no local, os fiscais seguiram sozinhos até o ponto de “baldeação” de passageiros – dos táxis para os ônibus. Sem apoio policial, os fiscais não tiveram como impedir que os veículos partissem com 80 pessoas.


Sem escapatória
 

Um ônibus com destino a Almenara (Vale do Jequitinhonha), da empresa JMGA Turismo, foi apreendido duas horas depois, também na BR-381, no trevo de Ravena, em Sabará.
 

O veículo só foi parado em função do apoio de uma viatura da PRF. Os 22 passageiros tiveram que interromper a viagem e retornar para Belo Horizonte. Paula Rocha, de 47 anos, que pretendia seguir para Divisa Alegre, no Norte de Minas, lamentou. “Tive que pagar R$ 55 do Centro de Belo Horizonte até o posto Fumaça. O ônibus saiu com duas horas de atraso e, dois minutos depois de sentar, tive que descer”, disse a mulher, que não usou o táxi pago pela CVA porque partiu direto de casa.
 

Segundo a PRF, a equipe do posto da BR-381 não teve como apoiar o DER no início da fiscalização pelo fato de uma viatura ter sido deslocada para atender a uma ocorrência de acidente.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por