Orçamento Participativo só será retomado em BH quando obras atrasadas forem concluídas

Mariana Durães
mduraes@hojeemdia.com.br
25/09/2018 às 20:43.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:38
 (Mariana Durães)

(Mariana Durães)

Novas edições do Orçamento Participativo (OP) estão suspensas em Belo Horizonte. A expectativa, segundo a prefeitura, é a de que as votações sejam retomadas só após a conclusão de 315 obras, escolhidas pela população em pleitos anteriores. Para essas, o investimento é de R$ 562 milhões.

]Mas, sem verba para realizar as intervenções, o prefeito Alexandre Kalil sinalizou a dificuldade em finalizá-las até o fim do mandato, em 2020. “Virou uma grande sacanagem com o povo. Faziam política, pediam votos, mas não faziam obras. Agora, vamos executar e, com essa crise, creio que não seja possível zerar a lista e licitar novas”. 

Ontem, ele visitou os trabalhos de urbanização das vilas Fazendinha e Nossa Senhora Aparecida, no Aglomerado da Serra, Centro-Sul da capital. Por lá, a previsão é a de que as obras, aprovadas pelo OP, sejam concluídas em outubro deste ano e no primeiro semestre de 2019, respectivamente.

Conforme a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, em março de 2017 eram 441 empreendimentos do programa aguardando término. Desses, 126 foram retomados e encontram-se em fases de orçamento, projetos e execução, e outros 16 foram finalizados. As intervenções priorizadas foram as de drenagem, saneamento e urbanização de vilas e favelas. O custo total é de R$ 377 milhões, recursos já viabilizados, informou a pasta.

Serra

Conquistadas pela comunidade no OP 2013-2014, as intervenções na Vila Fazendinha estão na reta final. Ainda falta a construção de calçadas. Por lá, 240 metros de ruas foram urbanizadas, além da implantação de drenagem, rede de esgoto e iluminação pública. Ao todo, o projeto custou R$ 4 milhões, verba do Fundo Municipal de Saneamento.

Durante a visita, Kalil ouviu reivindicações de moradores. “Ainda falta trazer uma linha de ônibus, porque fica muito complicado ter que descer até a Mem de Sá. Dentro do aglomerado já tem o suplementar, só queremos que ele passe aqui”, relatou Cláudia Rodrigues, de 30 anos. 

O prefeito garantiu discutir o pedido com a BHTrans. “Não adianta também ter rua e não ter ônibus. Mas não é promessa, porque não sei se vai ter ônibus para colocar aqui”. Já na Vila Nossa Senhora Aparecida, as obras de abertura de becos e implantação de vias de pedestre foram aprovadas pelos moradores no OP 2011-2012, com investimento de R$ 1,9 milhão do município.

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