"Ouro negro" de Sabará é atração neste fim de semana

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
29/11/2013 às 09:08.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:27
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

Evento mais tradicional do calendário de Sabará, o Festival da Jabuticaba terá uma versão mais democrática este ano. Na 27ª edição, o evento será realizado no Largo do Barão, com entrada franca. Para ficar ainda mais interessante para turistas e moradores, no mesmo espaço será realizada a 11ª Feira do Artesanato de Sabará.

Com a mudança da Praça de Esportes para o Largo do Barão, o evento passa a ter a capacidade aumentada de 4 mil para 7.280 visitantes.

Cerca de 50 expositores vão mostrar produtos típicos da região. Parte será dedicada aos derivados da jabuticaba (geleia, vinho, licor, molho, bombom, sorvete e outras delícias), enquanto outra irá comercializar artesanatos, como palmas barrocas e panos e toalhas ornamentadas com a renda turca.

Ouro

Meire Ribeiro é uma das principais produtoras de derivados de jabuticaba. Mesmo sem qualquer jabuticabeira no quintal, ela produziu geleias, sucos e licores com mais de três toneladas de frutas que comprou de vizinhos e fornecedores.

A microempresária tem investido na criação de produtos finos. No festival, ela lançará a Geleia Gold, feita com ouro 23 quilates.

“Fiz uma pesquisa intensa sobre o ouro comestível. E foi difícil encontrá-lo. Tenho que comprar em São Paulo a matéria-prima”, diz Meire. Enquanto um vidro de 240 gramas da geleia comum custa R$ 8, o potinho de 50 gramas da Geleia Gold custa R$ 15.

Tradição

Aos 72 anos, a professora aposentada Beatriz Salles é uma das referências no artesanato local. Quando deixou o trabalho com educação, passou a se dedicar à pesquisa sobre criação de oratórios e palmas barrocas.

“Faço um trabalho com latinhas de alumínio e tampinhas de garrafa. Do lixo, faço a arte barroca”.

A artesã Nayla Starling é uma das detentoras da técnica da renda turca de bicos, criada em Sabará no século passado. Com essa renda, são feitas roupas, toalhas e panos de prato.

“Faço isso há 30 anos. Aprendi com a minha mãe, que foi uma das primeiras mulheres a se preocupar em fazer um resgate dessa arte”, conta.
Há 11 anos, a técnica da feitura dessa renda encontra-se registrada em Sabará como bem cultural de natureza imaterial. 

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