(Reprodução Street View)
O homem suspeito de raptar o próprio filho de 4 anos dentro de uma creche em Belo Horizonte se desculpou nesta quinta-feira (21). Apesar de reconhecer que agiu errado, ele não considera que cometeu crime ao levar o filho à força sem o consentimento da mãe.
Nesta manhã, o rapaz, que tem 31 anos, ligou para a instituição de ensino e conversou com a coordenadora. Ele disse que estava impedido de ver o filho há 1 ano e quatro meses. Na visão do homem, não houve rapto uma vez que a Justiça não havia passado a guarda para a mãe e nem o impedido de ver o menino.
Ele ainda confessou que estava indo para São Paulo com o garoto.
Buscas
Desde quarta-feira (20), quando o caso aconteceu, equipes da Polícia Civil estão caçando o suspeito e o menino. Porém, a dupla ainda não foi localizada.
A delegada Isabella Franca, da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente, já abriu inquérito e ouviu a mãe e uma funcionária da escola. A policial, contudo, não quis detalhar os depoimentos para não atrapalhar os rumos da investigação.
Rapto
O caso aconteceu na tarde de quarta-feira (20) dentro de uma creche localizada no bairro São Tomaz, na região Norte de BH. Ao registrar o Boletim de Ocorrência, a diretora da instituição informou aos militares que o homem chegou ao local procurando uma vaga para matricular o filho. Lá, ele preencheu a ficha de interessados. Quando saía, já no portão, porém, correu até o pátio, pegou o menino à força, revelando que era pai dele.
Uma funcionária da escolinha tentou impedir que o homem saísse com a criança, mas foi empurrada e ferida. Outras professoras também correram para não permitir a fuga, mas foram empurradas.
Violência
A mãe do menino, de 28 anos, relatou a PM que está separada do homem há um ano por causa de agressões físicas. Segundo ela, há uma medida protetiva que impede o ex de aproximar dela. O pai do garoto mora no Espírito Santo.
Segundo informações do BO, o homem chegou a ir ao trabalho da ex-esposa na terça-feira (19). Assim que ela viu o ex-companheiro, fugiu do local, temendo ser agredida.