Pampulha completa 5 anos como Patrimônio Cultural da Humanidade; veja fotos e como visitar

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
17/07/2021 às 08:00.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:26
 (Maurício Vieira/ Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/ Hoje em Dia)

O Conjunto Moderno da Pampulha completa, neste sábado (17), cinco anos como Patrimônio Cultural da Humanidade. Após meses de portas fechadas devido à pandemia de Covid-19, espaços no principal cartão postal da cidade estão sendo reabertos aos poucos para a visitação segura do local que é conhecido internacionalmente e que foi lapidado por Oscar Niemeyer, Roberto Burle Marx e Cândido Portinari há quase oito décadas.

O título foi conferido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em julho de 2016. Inclui os edifícios e jardins da Igreja São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube, construídos quase simultaneamente entre 1942 e 1943, além do espelho d’água e da orla da Lagoa. As praças Dino Barbieri e Alberto Dalva Simão, ambas projetadas por Burle Marx, fecham a lista.

Para celebrar a data, o Hoje em Dia apresenta um passeio fotográfico pelos principais pontos, com imagens do fotógrafo Maurício Vieira. É um convite àqueles que, por diversos motivos, ainda não tiveram a oportunidade de conhecer as preciosidades presentes no Conjunto. E também àqueles que, distantes por meses devido ao agravamento da pandemia, agora podem retornar, com mais segurança, à visitação de alguns dos espaços da Pampulha.

O entorno

O passeio começa pelo inevitável: ao aproximar-se da Lagoa, o espelho d’água chama a atenção. São mais de 18 km de extensão, onde estão as obras inseridas na lista de Patrimônio Cultural da Humanidade. Para quem curte, é o espaço perfeito para a prática de esportes ao ar livre, como bicicleta, corrida e slackline. E o que falar da vista da roda-gigante, a segunda maior do país? De tirar o fôlego! A região ainda apresenta atrativos como o estádio Mineirão, o ginásio Mineirinho e o Zoológico de Belo Horizonte. 

Uma curiosidade: a ideia de criação da lagoa artificial não foi de Juscelino Kubitschek. Em 1936, o prefeito de Belo Horizonte, Otacílio Negrão de Lima, iniciou o represamento do ribeirão Pampulha para amenizar enchentes e contribuir para o abastecimento da capital. A obra só foi concluída em 1943, já na gestão de JK, que viu ali uma oportunidade de ampliar o desenvolvimento da capital.

Igreja São Francisco de Assis

​A “Igrejinha da Pampulha”, como é conhecida, foi a última construção do projeto elaborado por Niemeyer a ser erguida no complexo, já em 1943 - e é, certamente, a imagem mais famosa da região. A fachada posterior é toda revestida por azulejos pintados por Portinari, representando São Francisco de Assis, o santo protetor dos animais. Uma curiosidade é que a Igreja Católica não reconheceu o espaço como religioso (somente em 1959 uma missa foi realizada no local).Maurício Vieira/ Hoje em Dia

Última construção de Niemeyer na Pampulha

Visitação: conforme a Arquidiocese de BH, é possível conhecer o interior da Capela mediante visita mediada. Para isso, o agendamento deve ser feito junto à Secretaria Paroquial (saiba mais aqui). Endereço: Avenida Otacílio Negrão de Lima, 3.000, Pampulha.

Museu de Arte da Pampulha (MAP)

Fundado em 1942 como cassino Palácio de Cristal, foi o primeiro projeto elaborado por Niemeyer para integrar o Complexo da Pampulha. O espaço atraía jogadores de todo o Brasil e realizava shows internacionais. Em 1946, no entanto, o jogo foi proibido. E o cassino tornou-se museu, em 1957. O primeiro e o segundo andares são dedicados a exposições culturais periódicas. Por fora, os jardins de Burle Marx e as esculturas de Ceschiatti, Zamoiski e José Pedrosa são um espetáculo à parte.Maurício Vieira/ Hoje em Dia

MAP já foi um cassino. Jardins são de Burle Marx

Visitação: de acordo com a Prefeitura de BH, o museu está fechado para reformas. No entanto, há programação virtual por meio do projeto Pampulha Território Museus (clique aqui e veja). Endereço: avenida Otacílio Negrão de Lima, 16.585, Pampulha.

Casa do Baile

A Casa do Baile surgiu como um pequeno restaurante dançante, de uso popular, que oferecia a vista de um espelho d’água brilhante, com a moldura rebelde de Oscar Niemeyer. Uma dica: no interior da Casa, há um painel com desenhos feitos pelo próprio Niemeyer na parede que faz divisa com o pequeno auditório. Desde 2002 o espaço funciona como Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design, produzindo e abrigando exposições e ações educativas.Maurício Vieira/ Hoje em Dia

Casa surgiu como espaço popular de dança

Visitação: segundo a prefeitura, a Casa está reaberta, desde o dia 7 deste mês, para visitação presencial. Para tanto, é necessário retirada gratuita de ingressos (clique aqui). Endereço: avenida Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha. 

Iate Tênis Clube

O antigo Iate Golfe Clube foi projetado por Oscar Niemeyer, com jardins de Burle Marx e obras de Cândido Portinari, e tem a forma de um barco ancorado, visão que fica melhor do Museu de Arte de Pampulha (MAP), localizado do outro lado do espelho-d’água. No interior do clube, dá para ver o mastro da embarcação e a caldeira.

Endereço: avenida Otacílio Negrão de Lima, 1.350, Pampulha.

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