Pane em 10% das câmeras desfalca vigilância do Olho Vivo

Danilo Emerich - Do Hoje em Dia
20/06/2012 às 12:29.
Atualizado em 21/11/2021 às 22:58
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Um dos principais aliados da polícia no combate ao crime, o Olho Vivo funciona parcialmente em Belo Horizonte. Cerca de 10% das 164 câmeras da capital não operam devido à falta de manutenção, ao desgaste natural, à ação de ratos que destroem os cabos e até a obras da prefeitura.

A estimativa é de um policial militar que trabalha no monitoramento das imagens e que pediu anonimato. A PM enviou, há dois meses, um relatório para a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) com o custo e a relação dos itens necessários para o conserto dos aparelhos, mas, até hoje, nada teria sido feito. Enquanto isso, locais que um dia foram vigiados estão sem a cobertura das lentes e expostos à ação de bandidos.

A Seds admite a inoperância de parte do sistema, mas não informa o número exato de equipamentos danificados nem desde quando as câmeras estão fora do ar. O valor estimado para fazer os reparos e comprar peças sobressalentes é de R$ 1 milhão, recurso previsto no orçamento de 2012. O dinheiro ainda não foi liberado.

O programa de vigilância existe em BH desde 2004. Hoje, conta com 78 câmeras no Centro e 86 na zona Noroeste e na Pampulha.

Mal funcionamento

O chefe do Centro Integrado de Comunicações Operacionais (Cicop), tenente-coronel Marcus Vinícius Veloso Lima, confirma o mal funcionamento de alguns aparelhos. Ele diz, porém, que o número é rotativo, devido a manutenções constantes.

Um dos pontos sem cobertura é a avenida Santos Dumont, no Centro. Durante a obra do BRT (Sistema Rápido de Ônibus), cabos de fibra ótica foram partidos e dois aparelhos, na esquina das ruas Rio de Janeiro e Espírito Santo, acabaram removidos. No início do mês, o Hoje em Dia mostrou que comerciantes e pedestres da via estão assustados com o aumento da violência.

Segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), responsável pelas intervenções para o BRT, as escavações demandaram o remanejamento dos cabos. Eles só devem ser religados ao fim da obra, em outubro.

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