Para especialista, bom humor é a receita da longevidade

Michelle Maia - Do Hoje em Dia
26/06/2012 às 19:28.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:07
 (Renato Cobucci)

(Renato Cobucci)

Otimismo, fé e bom humor podem fazer a pessoa viver mais. Pelo menos é assim que Luiza Ernestina de Castro, que acabou de completar cem anos, encara a vida. Especialistas confirmam: manter hábitos saudáveis e cultivar relacionamentos sociais na terceira idade ajudam a envelhecer com qualidade e são um estímulo à longevidade.   Com nove filhos, 33 netos, 54 bisnetos e três tataranetos, Luiza comemorou o centésimo aniversário em família, com festa e muito paparico dos parentes. “Todo mundo gosta de mim, inclusive os vizinhos. Vivo muito e bem porque tenho fé, e dou e recebo amor”, afirma. Luiza morou por vários anos no campo, e trouxe de lá o hábito da alimentação saudável. “Quase tudo que cozinhava era natural, colhido na fazenda. Além disso, eu cuidava de tudo com muito carinho. Era uma boa dona de casa”, conta.   Os “exercícios” vinham dos cuidados com o lar. “Lavava, passava, costurava. Fazia tudo com muito amor, que é o mais importante”.    A vida da anciã não tem espaço para a monotonia. “Costuro roupinhas e mando para creches, tomo um cálice de vinho e leio três jornais todos os dias. Minha cabeça ainda está muito boa. Cozinho de vez em quando, ando pela casa e quase não preciso tomar remédios”.    De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia em Minas Gerais, Claudia Caciquinho Vieira de Souza, ter uma postura ativa é positivo em todos os aspectos.  “Estar bem no decorrer da vida e dar continuidade a práticas (da juventude) ajudam a pessoa a encarar com saúde e disposição o passar dos anos”, ensina.    “Fazer exercícios físicos mantém a musculatura forte. Estimular o raciocínio com atividades intelectuais ajuda a preservar a memória e protege contra doenças, como o Mal de Alzheimer”, afirma a médica.    Cláudia acrescenta que o lado emocional também merece atenção. “Dar continuidade às ações sociais mesmo depois da aposentadoria e cultivar a espiritualidade são fatores que devem ser levados em conta. Conservar ao longo da vida as relações afetivas é fundamental”. Um problema frequente, porém pouco diagnosticado pelos médicos, é o estado depressivo de alguns idosos. Estima-se que um terço deles sofram de tristeza.    Algo que não faz parte da rotina de Luiza, diz Jairo de Castro Fonseca, de 61 anos, filho dela. “Minha mãe é muito alegre, sempre vê o lado bom das coisas. Não se estressa com nada”.

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