Para proteger animais, proibição de fogos de artifício com barulho em Minas provoca polêmica

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
04/01/2018 às 19:42.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:35
 (Pixabay/Uso livre)

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Os fogos de artifício barulhentos podem ser proibidos em Minas caso um projeto de lei, protocolado na última quarta-feira na Assembleia Legislativa, seja aprovado e sancionado pelo governo do Estado. A iniciativa, de acordo com o autor da proposta, o deputado Fred Costa, busca proteger os animais e também pacientes em hospitais. 

Se ideia virar regra, quem vende ou compra artefatos pode ser punido com multas e, no caso de comerciantes, ter o estabelecimento interditado. Para quem comercializa, o montante pode chegar a R$ 32,5 mil. Para quem manuseia, R$ 16 mil.

A proposta, que chega poucos dias depois do Réveillon, época em que os fogos são as estrelas da festa, agrada defensores dos animais. “Protege a saúde e bem-estar deles, uma vez que ouvem quatro vezes mais que um humano. Os bichos podem fugir e se perder na rua, pular de janelas do apartamento ou, no caso de gatos, ficar agressivo por causa do barulho”, frisa a veterinária Paula Lima Braccini, da Petz.

Presidente do Movimento Mineiro pelos Direitos dos Animais, Adriana Araújo acredita que a iniciativa será aprovada. No fim do ano, a ONG recebeu relatos de problemas por conta da soltura de fogos. “Estamos contabilizando, mas são muitos casos. É prejudicial tanto para os bichos quanto para os humanos, que também podem se machucar”.

Já Américo Libério, do Sindicato das Indústrias de Explosivos em Minas Gerais, afirma que a lei poderá acabar com empregos e com a alegria das comemorações. “É preciso consenso, seguir orientações de especialistas, tanto para proteger animais, quanto para soltar os fogos”. 

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