Para sempre na memória dos garçons

Danilo Emerich - Hoje em Dia
30/06/2014 às 08:11.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:12
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

O BOA-PRAÇA DE BH - Mesmo sem falar inglês fluentemente, o garçom Alex da Silva, de 25 anos, vem se dando bem. O bom atendimento lhe rendeu um convite para acompanhar um grupo de “figurões” iranianos a uma das boates mais badaladas da cidade, a NaSala, com as despesas pagas. “Nunca teria ido se não fosse uma oportunidade dessas”. Dias depois, Silva assumiu o papel de guia turístico de um grupo de irlandeses pelos principais pontos turísticos da cidade. - Foto: Ricardo Bastos/Hoje em Dia  
Não só os estrangeiros estão colhendo boas histórias da Copa do Mundo no Brasil para levar na bagagem de volta. Devido à invasão de turistas, que lotam bares e restaurantes durante todo o dia em Belo Horizonte desde o início do Mundial, sobretudo na região da Savassi, os garçons vêm colecionando momentos inusitados. Por causa do bom atendimento e simpatia, muitos atendentes acabaram tornando-se amigos dos clientes. Em casos assim, a barreira do idioma deixa de ser empecilho, e o convívio, além de render gorjetas generosas, resulta em situações difíceis de esquecer.
Houve quem tenha precisado “socorrer” uma linda colombiana completamente embriagada até ao banheiro, e o caso de um garçom que livrou o cliente colombiano de um acidente. A Copa rendeu também boa história (testemunhada por um garçom, claro!) para um comerciário “contratado” para fazer companhia a um chinês na mesa do bar madrugada a dentro.  
BBB – BABÁ DE BELDADE BÊBADA - O garçom José Pereira, de 31 anos, precisou de muito jogo de cintura para realizar o desejo de um cliente colombiano: acompanhar a namorada do turista, uma “beldade”, segundo ele, até o banheiro. A garota estava completamente bêbada. “Ela teve que se segurar em mim, pois cambaleava muito. Ficou meia hora no banheiro e eu batendo na porta, preocupado. Depois, ela saiu e levei ela de volta para o colombiano, que já achava que eu tinha fugido com a mulher dele”, lembra Pereira, que recebeu R$ 20 pelo “serviço”. - Foto: Samuel Costa/Hoje em Dia     HERÓI E GUIA TURÍSTICO - O garçom Cleber Rodrigues, de 29 anos, impediu que um cliente colombiano sofresse um acidente no bar em que trabalha, na Savassi. No calor do jogo, o gringo subiu numa cadeira e se desequilibrou, mas Rodrigues o segurou a tempo. “Ficou tão agradecido que me deu uma camisa da seleção colombina”. Depois, Rodrigues foi convidado a ser guia turístico da família do colombiano, descolando uma grana extra. - Foto: Samuel Costa/Hoje em Dia  
DE PAPO COM O CHINÊS -Ao fim do expediente, o maior desejo do auxiliar de loja André Gloor, de 18 anos, era ir para casa. Porém, ao sair do trabalho, na Savassi, não viu alternativa senão ajudar um chinês que havia se perdido dos amigos. “Perguntei se precisava de ajuda e ele apenas pediu para que eu lhe fizesse companhia num bar. Aceitei e ficamos até 3h30 conversando e bebendo. Era um cara bacana e tranquilo, mas nem lembro o nome dele”, confessou Gloor. Foto: Samuel Costa/Hoje em Dia     MÍMICA DO PAPEL ALUMÍNIO - Dono de um bar na Savassi, Leonardo Belisário, de 33 anos, passou dificuldades para entender o pedido de um argelino. Tentou se comunicar em inglês, espanhol e até por mímica, mas nada. O cliente só falava francês. Trinta minutos depois, a resposta veio graças a um “intérprete” de plantão, outro turista que falava francês: o argelino queria papel alumínio, não se sabe para quê. Como agradecimento, Belisário ganhou uma camisa da Argélia. Foto: Samuel Costa/Hoje em Dia
 

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