Parada obrigatória na BR-356 para "viajar" ao passado

Michelle Maia - Hoje em Dia
01/06/2013 às 08:44.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:44

A viagem por Minas é interrompida por uma volta ao passado.embranças dos tempos da era hippie, Tropicália, Jovem Guarda e geração Coca-Cola estão na decoração com discos de vinil e quadros coloridos, nos telefones de corda e nas fotografias em preto e branco. As peças, incontáveis, fazem parte do acervo do Museu Jeca Tatu, em Itabirito, na região Central do Estado.

Fora do padrão dos museus tradicionais, o Jeca Tatu é aberto ao público todos os dias e tem visitação gratuita. A casa simples de madeira à beira da estrada, em uma curva, chama a atenção de quem passa pela BR-356, entre a capital e Ouro Preto e Mariana.

Histórias contadas por nossos avós e pais ganham força no espaço onde tudo é antigo. “Aqui, as pessoas vivem e revivem bons momentos. Memórias guardadas, escondidas ou esquecidas são despertadas. Essa é a nossa maior satisfação”, disse o poeta e fundador do museu, Leonardo Ruggio da Silva, enquanto a radiola tocava o clássico “O que será”, sucesso de Chico Buarque em 1976.

Surpresa

A aposentada Virgínia Lana Martins Teixeira e as filhas ficaram atentas a cada detalhe do museu. Elas passavam pela rodovia e resolveram conhecer o Jeca Tatu. O encantamento foi certo.

“Não tinha ideia do que iria encontrar e me surpreendi. Chamei minha filha para olhar reportagens antigas e objetos que havia na casa da minha mãe e avó. Foi um reencontro com o passado”, disse Virgínia.

“Deu pra imaginar o que meus avós viveram na época”, resumiu a servidora pública Rita de Cássia, uma das filhas.

Desconhecidos

A cristaleira em ótimo estado de conservação recheada de porcelanas dos anos 20 causa inveja em qualquer vovó. Os discos de vinil substituem os jogos americanos sobre as mesas de ferro, de madeira e outras com tampos de pedra da época da escravidão.

As peças compõem um cenário inimaginável para quem nasceu dos anos 90 para cá. Aliás, só em novelas e filmes de época é possível ver o que se pode até tocar no Jeca Tatu. São máquinas de costura, de escrever, taxímetros, geladeiras, moedas e cédulas, balanças, telefones, bicicletas, recortes de jornais e revistas e até uma lambreta. Tudo cercado por vinis. Nem o teto escapa.

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