Completados 27 dias que ocorreu o rompimento da barragem do Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana, na região Central de Minas e devastou distritos próximos à cidade, desceu o rio Doce e atingiu o litoral capixaba, dois corpos encontrados pelas equipes de resgate, ainda aguardam identificação e outras oito pessoas permanecem desaparecidas. De acordo com a Polícia Civil, esses reconhecimentos devem ser feitos até o final da semana.

Um total de 13 corpos foram encontrados, sendo 11 identificados e relacionados com a tragédia. Alguns membros foram achados durante as varreduras, no entanto, eles não podem ser contabilizados como mais um corpo. “Nossa equipe de legistas e peritos está se desdobrando e conseguimos, em um tempo recorde, identificar vários segmentos corpóreos. Alguns deles, inclusive, são partes de corpos que já haviam sido identificados e até sepultados”, afirmou o médico legista André Luiz Roquette, na terça-feira (1º), durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O superintendente explicou aos deputados que o estado de putrefação dos cadáveres, aliado ao fato de que a lama e componentes do minério estão impregnados nos corpos, dificulta, sobretudo, a limpeza que deve ser feita nos segmentos antes do exame de DNA. “Depois de colher cerca de 50 amostras de 20 familiares das vítimas, conseguimos concluir, em pouco mais de uma semana, exames de DNA que permitirão a identificação, nos próximos dias, de outros dois corpos. Ficarão faltando o resultado de DNA de mais dois corpos e de alguns segmentos corpóreos”, esclareceu.

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