(Lucas Prates)
Em greve desde o último dia 23, professores da educação infantil municipal de Belo Horizonte estiveram em reunião com o prefeito Alexandre Kalil nesta quarta-feira (2). A PBH mudou a proposta inicial e aumentou o reajuste salarial para até 20%, dependendo da categoria. anho de até 15% no salário.
"Além disso, combinamos uma nova reunião para dezembro, quando avaliaremos a possibilidade de mais um aumento. Por hora, os professores vão ter pelo menos 10% de acrescímo no salário", afirmou o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis. Com isso, a tentativa de equiparação salarial custaria para o Município cerca de R$ 15 milhões em 2018.
O secretário explicou que foi combinado que os professores acabem com a greve para assim enviarem um substitutivo do Projeto de Lei 442/2017, que tramita na Câmara Municipal. A prefeitura disse que não vê nenhuma dificuldade e acredita em uma rápida aceitação da proposta na Câmara. O chefe da pasta também garantiu que não haverá parcelamento de pagamentos.
A decisão sobre o fim ou continuidade da paralisação, no entanto, só deve acontecer nesta quinta-feira (3), quando professores vão se reunir na praça da Estação para uma nova assembleia da categoria. Atualmente cerca de 80% dos profissionais da educação infantil municipal estão paralisados.
Os docentes reivindicam equiparação salarial com os professores do ensino fundamental. Atualmente a diferença é de cerca de R$ 700. "O nosso pedido é o mesmo aumento para todo mundo, mas a proposta da PBH mostra que não vai ser igual", afirmou a diretora do Sind-Rede e professora da educação infantil, Evangely Rodrigues.
Além de Kalil e do secretário André Reis, participaram da reunião representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sind-Rede/BH) e do comando de greve, assim como a secretária de Educação, Ângela Dalben.