PBH concorda com redução de carga horária para professores do Ensino Fundamental

Liziane Lopes
llopes@hojeemdia.com.br
17/05/2018 às 15:09.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:53

A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou nesta quinta-feira (17) que aceita a reinvidicação dos professores do Ensino Fundamental quanto à implementação do tempo de sete horas da jornada semanal para o planejamento extraclasse. Para isso, prometeu enviar um Projeto de Lei à Câmara Municipal, reduzindo a jornada semanal, que hoje prevê 22 horas e 30 minutos, para 21 horas, sem redução de salário. 

Na proposta, apresentada para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede-BH), nessa quarta (16), está previsto ainda que 1/3 da jornada semanal, equivalente às 7 horas, seja utilizado para atividades extraclasse. Os 2/3 restantes, 14 horas, serão dedicados à sala da aula. O tempo de recreio está excluído da jornada de 21 horas, sendo um intervalo de descanso para o professor.

Agora cabe aos professores decidirem se aceitam o acordo. Eles estão reunidos, na Praça da Estação, no Centro da capital, para decidir os rumos da greve, iniciada nesta quinta-feira (17). Segundo o Sind-Rede-BH, cerca de mil educadores participam do encontro. E cerca de 65% das escolas aderiram à paralisação. A prefeitura, porém, não confirma esse número.

Conforme a PBH, cada unidade escolar deve reorganizar o seu quadro para garantir o cumprimento da nova carga horária.

Educação Infantil

Nessa quarta (16), os professores da Educação Infantil de Belo Horizonte decidiram pela manutenção da greve, que já dura mais de 20 dias, e marcaram para o próximo dia 23 um novo encontro. A principal reivindicação é a equiparação salarial com Ensino Fundamental. Porém, o prefeito Alexandre Kalil disse que só vai negociar com a categoria após o retorno ao trabalho. 

O Sind-Rede informou que vai apresentar uma nova proposta para a prefeitura de escalonamento para atingir a equiparação com a carreira do professor do Ensino Fundamental. A proposta é que no mês de junho os professores da rede infantil passem para o nível 5 da carreira; em dezembro, para o nível 8; e em julho de 2019, para o nível 10 da carreira.

 Atualmente, um educador infantil em início de carreira recebe R$ 1.431 por 22,5 horas trabalhadas semanalmente. A proposta apresentada pela prefeitura no mês passado previa aumento de até quatro níveis na carreira para os profissionais formados em pedagogia ou normal superior e que não tiveram progressão por escolaridade, chegando a rendimentos de R$ 1.680,79. ​Para os docentes, o acréscimo de quase R$ 250 não é suficiente, e o ideal seria chegar aos R$ 2.252,42 iniciais do Ensino Fundamental.


 

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