A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) dispensou porteiros e profissionais do "Posso Ajudar" que atuavam nos centros de saúde da capital mineira. A alegação: crise econômica. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) garantiu que o corte não irá afetar o atendimento à população.

"Nenhum serviço foi fechado ou descontinuado, sempre levando em conta as necessidades da população. De fato, alguns ajustes foram feitos, considerando que a SMSA tem um déficit mensal de R$ 8 milhões", justificou.

No entanto, o Sindicato os Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) teme que as demissões prejudique os pacientes. Segundo o presidente do Sindibel, Israel Arimar, enfermeiros e técnicos de enfermagem estão tendo que fazer o atendimento e a triagem que antes era de responsabilidade dos outros profissionais.

"Além disso, no caso dos porteiros, coloca em risco a segurança", disse. Ele contou que a prefeitura estuda fechar alguns postos que ficam em áreas de risco mais cedo. "Ao invés das 19h, pensam em fechar os postos entre 17h e 18h", contou.

Por meio de nota, a SMSA rebateu a alegação do sindicato. Segundo a pasta, a segurança em todas as unidades de saúde é feita pela Guarda Municipal e, portanto, não foi retirada.

Demissão

Israel Arimar garantiu que 600 profissionais do "Posso Ajudar" e 300 porteiros já foram dispensados. O número, no entanto, pode ser ainda maior, uma vez que outros 300 porteiros estão em aviso prévio até 4 de junho.

"Entendemos que existe crise econômica, mas a economia feita com o corte desse pessoal é uma economia baixa e que pode prejudicar o atendimento", acredita o presidente do Sindibel.

Na próxima terça-feira (31), o sindicato convocou para uma paralisação nos centros de saúde de BH para que os profissionais participem de audiência pública que irá discutir o caso.

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