PBH gasta R$ 21,5 mi por ano para limpar lixo clandestino

Letícia Alves - Hoje em Dia
06/10/2015 às 06:47.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:57
 (Editoria de Arte)

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O descarte clandestino de lixo e entulho em Belo Horizonte representa prejuízo de R$ 21,5 milhões aos cofres públicos a cada ano. É o que a prefeitura gasta para coletar e aterrar as deposições ilegais, feitas na maioria das vezes por construtoras, de acordo com a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). E tem mais um problema: quase nada das 206 mil toneladas recolhidas é reciclado.

Os vários tipos de materiais acabam se misturando, inviabilizando o processo de reciclagem. Além do ônus, o meio ambiente acaba prejudicado.

Os principais poluidores são construtoras, proprietários de pequenas obras e moradores. “É desde o carrinho de mão ao caminhão”, afirma o superintendente da SLU, Custódio Mattos. Ele afirma que até mesmo nas áreas externas das Unidades de Recolhimento de Pequenos Volumes (URPVs) é possível encontrar materiais descartados de forma irregular.

Para tentar barrar o problema, a prefeitura já aprovou um projeto de expansão das URPVs, adianta Mattos. Entre as medidas previstas está a instalação de câmeras de vigilância em todas as unidades e em lotes vagos onde há descarte de lixo e entulho. Há também expectativa de aumento do número de funcionários e de caminhões para retirar os materiais recolhidos. O horário de funcionamento das URPVs deverá ser estendido para domingo. Para a proposta ser viabilizada, com custo estimado em R$ 4,5 milhões por ano, é necessária a aprovação do orçamento, de acordo com Mattos.

Piloto

Nesta semana, em fase de teste, serão instaladas duas câmeras: uma na região Leste e outra na Noroeste de Belo Horizonte. Os locais exatos não foram divulgados pela SLU. Os equipamentos ficarão nas áreas por 30 dias para identificar os infratores.

As imagens serão monitoradas no centro de operações da prefeitura. Se for comprovada a eficiência do sistema, ele será expandido para as 32 URPVs da cidade e alguns lotes vagos da capital.

Por ano, todas as URPVs de Belo Horizonte recolhem pouco mais de 144 mil toneladas de materiais que não podem ser reaproveitados.

O entulho da construção civil descartado é quebrado e usado em obras públicas. Já os troncos são triturados e viram adubo, enquanto plásticos e papéis são reciclados.

As multas para quem joga lixo ou entulho irregularmente variam de R$ 890 a R$ 4,5 mil na capital

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