(Google Street View / Reprodução)
A Prefeitura de Belo Horizonte deverá encerrar o projeto para a duplicação da MG-05, no bairro Goiânia, na região Nordeste, até o fim do ano. A licitação está prevista para ser lançada em janeiro de 2016 e a obra deverá custar R$ 18 milhões, sendo R$ 4 milhões apenas para desapropriações. As informações foram dadas nesta sexta-feira (17), pelo superintendente de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) de Belo Horizonte, Humberto Pereira de Abreu Júnior, durante uma audiência sobre as duplicação e desapropriações na rodovia, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião foi realizada na Escola Municipal Maria Assunção de Marco, situada no bairro Goiânia. Segundo Humberto Júnior, a prefeitura também está preocupada em resolver o problema de inundação da rua dos Limões, na qual moram 40 famílias, que sofrem com os períodos chuvosos, problema que foi alvo de reclamações de moradores durante a reunião. O presidente da Associação do bairro Goiânia, Airton Januário, disse que a explicação oferecida pela Prefeitura não é suficiente para os moradores. “Vocês não são os primeiros que vem aqui falar sobre isso. Recebemos só promessas. Ao longo de todos esses anos, não tivemos mudança nenhuma. A Sudecap mascara, tenta tapear o povo com obras simples. Vamos deixar de brincadeira. Queremos honestidade”. O morador Helton Gontijo relatou o alto fluxo de carretas na região que estão, segundo ele, ilegalmente na região, já que a empresa possui alvará de funcionamento na cidade de Betim. “Eles passam com cargas tóxicas, na região do Trevo, parando em locais não permitidos. Vinte e quatro horas por dia as vidas de nossos idosos e crianças estão em risco”. O morador criticou ainda o valor da obra, que classificou como sendo “muito simplório”. “Isso é esmola. Eu mexo com obras e considero isso insuficiente. A não ser que o projeto seja muito conservador, isso não dá não. Acho que perdemos o nosso tempo hoje aqui”. Autor do requerimento que deu origem à reunião, o deputado Wander Borges (PSB) esclareceu que, apesar do problema histórico no trecho, a prefeitura assumiu a elaboração do projeto apenas em 2013 e que o custo da obra será pequeno, com 21 metros de largura total da pista e cronograma inicial de 18 meses. Ele também pontuou que as desapropriações acontecerão apenas na rua dos Limões, nas residências que ficam abaixo do nível da rua.