BRASÍLIA – O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), cogita conceder à iniciativa privada a exploração do trecho Leste do Rodoanel – via que deverá integrar os municípios da região metropolitana da capital, desviando do Anel Rodoviário o tráfego de veículos pesados. A obra foi prometida pela presidente Dilma Rousseff no meio do ano passado.

Pelo acordo firmado entre os três níveis da administração, o governo federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), construirá o trecho Sul – ligação da BR-381 com a BR-040, passando por Ibirité e o Barreiro.

O governo mineiro irá arcar com o trecho Norte – entre Betim e Sabará. A prefeitura de BH ficaria com o Leste, que cortaria Nova Lima, Caeté e Sabará – essa parte do projeto é a que menos avançou (veja quadro ao lado). “É uma obra de 22 km e custará em torno de R$ 700 milhões”, afirmou Lacerda, que tratou do assunto na última segunda-feira (28) com o diretor-geral do Dnit, Jorge Ernesto Fraxe.

PPP

O prefeito sugeriu a adoção de um modelo de concessão que preveja parcerias com os donos dos terrenos que serão cruzados pela alça Leste. “Trata-se de uma abordagem nova, que venho tentando convencer o governo federal a adotar: transformar os proprietários de terras valorizadas com o investimento público em sócios da concessão”, disse Lacerda.

Segundo ele, o acerto seria possível através de um fundo imobiliário. “É um ganha-ganha bom para todo mundo. Testaremos essa possibilidade no estudo”.

À semelhança do governo estadual, Lacerda pretende lançar, após o carnaval, um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) sobre o tema.

O prefeito não descarta a instalação de praças de cobrança caso seja efetivado o sistema de parceria público-privada (PPP). “A exemplo do trecho Norte, que terá, pode ou não ter pedágio no Leste”.

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