Pediatria volta a atrair atenção de recém-formado em medicina

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
13/05/2014 às 07:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:33
 (Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

Após anos de declínio progressivo no número de profissionais e de uma dispersão considerável entre os especialistas da área, a pediatria volta a atrair a atenção dos médicos recém-formados.   Em uma década, a procura pelo Título de Especialista em Pediatria (TEP) caiu 68%, passando de 148 inscritos em 2000 para 48 em 2010. Nos últimos três anos, porém, aumentou 54%, segundo dados da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP). Em 2010 foram 48 e no ano passado, 74.   Ana Luiza Diniz, de 29 anos, é um exemplo da retomada do ofício de cuidar dos pequenos. Antes mesmo de ter nas mãos o sonhado diploma de médica, em meio a duas opções, fez uma escolha “sábia”, garante. Há pouco mais de um ano ostenta, com orgulho, a profissão que lhe garante o brilho nos olhos do dia a dia.   “Fiquei na dúvida entre dermatologia e pediatria, mas o fato de gostar mesmo de trabalhar com criança falou mais alto. Minha alegria é ver o resultado do tratamento, a melhora dos meus pacientes e sentir que tive, de fato, uma participação naquilo. Estou bem satisfeita e sei que fiz a escolha certa”, diz.   No mesmo caminho   Apesar dos percalços na profissão, há quem jamais tenha desviado do rumo. Com experiência de sobra, José Guerra Lages, de 77 anos, é só dedicação ao caminho que resolveu trilhar 50 anos atrás.    “A pediatria é muito gratificante. Você participa da assistência a um ser que está em formação, por meio de cuidados médicos, e principalmente pela orientação aos pais”, afirma o pediatra, um dos fundadores do hospital São Camilo, referência em atendimento infantil em Belo Horizonte.   Da mesma forma, Fausto Pacheco contabiliza 55 dos 83 anos de vida dedicados ao ofício que elegeu como tempero da vida. Com ritmo de trabalho mais reduzido, assume que ainda não teve “coragem” de abandonar a indumentária e, com ela, o consultório.    Hoje, cuida da segunda geração – filhos daqueles que, em décadas passadas, foram pacientes dele. “Sempre quis ser pediatra. E, enquanto estiver sendo procurado, um sinal de que ainda posso ajudar, continuarei exercendo meu amor à profissão”.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por