(Amadeu Barbosa)
A perícia da Polícia Civil tenta identificar, as causas do incêndio que destruiu parte do Museu de Ciências Naturais da PUC-Minas, no bairro Coração Eucarístico, na região Noroeste da capital. Para tanto, um perito trabalha no local desde às 9h desta quarta-feira (22) e deve continuar as atividades durante a tarde, conforme a Polícia Civil. Preliminarmente, a assessoria de imprensa da PUC-Minas informou que as maiores perdas foram em réplicas e cenários. Não houve feridos.
A Universidade aguarda a avaliação da perícia para calcular as perdas. O museu está fechado por tempo indeterminado à visitação. O museu completará 30 anos em 2013 e recebe 50 mil visitantes, anualmente. No momento do incêndio, não havia público no local. Uma funcionária terceirizada da limpeza foi resgatada sem ferimentos.
Segundo o professor Bonifácio José Teixeira, o trabalho de restauração das réplicas e dos cenários deve ser executado pela equipe técnica do museu. O fogo começou por volta das 18h dessa terça-feira (21) e consumiu parte das exposições Peter W. Lund, sobre a vida do paleontólogo e naturalista dinamarquês, e da Pleistoceno, cujo tatu gigante teve suas placas da carapaça descoladas.
Na exposição Peter Lund, a cabeça de Luzia, um dos mais antigos registros de humanos já encontrados nas Américas, ficou preservada. De acordo com avaliação do coordenador do museu, professor Bonifácio, a preguiça gigante desabou com o rompimento dos cabos que a sustentavam. Também foram atingidas a cabeça da réplica do dinossauro Uberaba Titan e costelas do dinossauro Carnotauro. Outro espaço importante perdido foi o da caverna.
A coleção de Paleontologia do Museu, a mais importante das Américas e que reúne 70 mil peças, principalmente fósseis de mamíferos, não sofreu qualquer dano. Também não foram atingidas as outras sete coleções científicas, como de aves, peixes e a da vida no cerrado e o planetário. Ficou intacta também a maquete da Lagoa Santa nos anos 1850, época em que Peter Lund vivia na cidade.
O coordenador do museu enfatizou que as normas de segurança estão sendo cumpridas. Em dezembro, os extintores foram trocados e houve treinamento da brigada de incêndios formada por funcionários do museu. O prédio, por não possuir janelas na área das exposições, não permitiu que o fogo se alastrasse ainda mais.
Segundo o professor Bonifácio, o trabalho de restauração das réplicas e dos cenários deve ser executado pela equipe técnica do museu.
(*) Com informações da PUC-Minas.