Perto do pico da pandemia, pista no Mangabeiras tem aglomeração e pessoas sem máscaras

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
06/07/2020 às 12:04.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:57

O aumento dos casos e mortes por Covid-19 em Belo Horizonte não é suficiente para impedir que moradores lotem ruas e praças para praticar atividades físicas. Nesta segunda-feira (6), a pista da avenida José do Patrocínio Pontes, no bairro Mangabeiras, região Centro-Sul, foi tomada por quem insiste em desrespeitar as regras sanitárias.  

Por lá, as pessoas caminham, correm e andam de bicicleta, contrariando todas as recomendações das autoridades de saúde em manter o isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus. O espaço usado é estreito e, assim, as aglomerações ficam ainda mais evidentes.  

Alguns frequentadores sequer usam máscaras de proteção. O equipamento, conforme infectologistas, é essencial para todos que precisam sair às ruas. Mesmo assim, ele não protege 100% contra o vírus. Por isso, o exercício físico deve ser restrito e feito dentro de casa, reforçam os especialistas.

Presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), Estevão Urbano alertou que o risco de contaminação de quem continua utilizando as pistas de caminhada é enorme. "As pessoas não conseguem perceber isso, mas até quem é assintomático (não apresenta os sinais da doença), pode contaminar quem está na rua. Essa prática pode gerar uma morte", declarou.

O médico, que integra o Comitê de Enfrentamento de Combate à Covid em BH, reconhece a importância da atividade física para a saúde do corpo e da mente, mas destaca que este não é o momento adequado para exercícios ao ar livre. "Todo sacrifício é válido. Estamos chegando no pico da pandemia e precisamos estender um pouco mais esse sacrifício para poupar vidas", reforçou.

Isolamento

Urbano ressalta que somente o distanciamento é capaz de amenizar os efeitos da pandemia. Mesmo quem insiste em fazer a atividade física com o uso de máscara, está se arriscando. "E pior, está colocando em perigo quem precisa estar na rua para fazer serviços essenciais. As pessoas não conseguem entender que a máscara não acaba com o problema", disse.

O médico recomenda que a atividade física seja feita com segurança em casa, para não expor outras pessoas ao contágio do vírus. "Estamos vivendo o pior momento. Infelizmente é um sacrifício que foi imposto, que vem de 100 e 100 anos. E temos vencê-lo com sabedoria", declarou.

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