Pesquisadores encontram mais oito espécies de mamíferos em área do Vetor Norte

Bruno Moreno - Hoje em Dia
07/09/2013 às 08:38.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:44

Incrustado em uma das regiões que mais crescem na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Parque Estadual Serra Verde, vizinho à Cidade Administrativa, no Vetor Norte, abriga uma importante biodiversidade. A unidade de conservação é refúgio de 12 espécies de mamíferos, oito deles identificados em estudo recente do biólogo e monitor ambiental do parque, Moisés da Silva Lima.   Em 2010, no primeiro levantamento feito por especialistas, foram encontrados indícios de gambá de orelha branca, preá, mico-estrela e esquilo (caxinguelê). Em 2012, quando Moisés fez novos estudos para sua monografia de conclusão do curso de biologia, foram identificados tatu-galinha, paca, cachorro-do-mato, mão pelada, furão, capivara, tatu-peba e tapeti.   Como é muito difícil de encontrá-los e não havia recursos para a instalação de câmeras fotográficas com armadilhas para o registro da imagem dos animais, a identificação foi feita com base em pegadas, rastros, fezes e tocas, confrontadas com informações do livro “Rastros de Mamíferos Silvestres Brasileiros: Um Guia de Campo”, uma referência na área.   Regulamentação   O Parque Estadual Serra Verde, administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), foi criado em 2007, mas ainda carece de infraestrutura. Os principais problemas são a regularização fundiária e o cercamento, ainda não concretizados. Toda a área de 142,02 hectares ainda é de particulares.   Os proprietários não concordaram com os valores oferecidos pelo governo do Estado e entraram na Justiça para conseguir indenização de maior valor. Além disso, por não ser totalmente cercado, algumas pessoas entram na unidade de conservação para caçar animais ou cortar macaúbas, para retirar o palmito.   De acordo com a assessoria de imprensa do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), no próximo mês será apresentada uma proposta para que recursos da fiscalização ambiental sejam utilizados para o cercamento da área, que tem perímetro de 8,5 km.   O gerente do parque, André Portugal Santana, aposta na educação ambiental para que a população ajude a preservar a unidade de conservação.

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