Petroleiros em greve vendem gás de cozinha a R$ 40 em Belo Horizonte

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
08/02/2020 às 13:38.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:34
 (Alexandre Finamori/Sindipetro/MG)

(Alexandre Finamori/Sindipetro/MG)

Petroleiros em greve distribuíram gás de cozinha por R$40 na manhã deste sábado (8), em um posto montado no bairro Santo André, região Noroeste da capital. Em pouco mais de uma hora, os consumidores compraram o estoque de 200 botijões de 13 kg com 50% de desconto.

O https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/economia/petroleiros-em-greve-v%C3%A3o-vender-g%C3%A1s-a-r-40-em-belo-horizonte-neste-s%C3%A1bado-1.771259 que é possível vender o gás de cozinha a custo de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras, da Petrobras e a arrecadação dos impostos dos estados e municípios.

Além de Belo Horizonte, o protesto que vende o botijão de gás de cozinha de 13 kg já aconteceu no Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia. "O consumidor é punido por uma política de reajuste de derivados que obriga a Petrobras a acompanhar o preço internacional do barril do petróleo e a variação do dólar. Os petroleiros lutam para alterar essa forma de reajuste dos combustíveis", afirmou o diretor do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori.

O sindicalista disse ainda que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 18% da população não tem acesso ao gás por causa do preço. "Um  a cada cinco  brasileiros usa lenha ou outra forma não convencial para preparar o alimento", afirma.

Reivindicações da categoria

O movimento grevista dos petroleiros já atinge, de acordo com o Sindipetro/MG, 30 bases operacionais em 12 estados. Em Minas, o movimento tem 90% de adesão dos setores operacionais da Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité) e da Refinaria Gabriel Passos (Regap).

Entre outros pontos, os petroleiros defendem a intervenção do governo federal para barrar os aumentos sucessivos dos derivados de petróleo. 

Conforme nota divulgada pelos sindicalistas, a categoria também usa o movimento para protestar "contra a demissão em massa e sem negociação de mil trabalhadores, efetivos e terceirizados, da Araucária Nitrogenados/ Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Ansa/Fafen-PR), e os prejuízos causados pela privatização do Sistema Petrobras".

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