PF prende em Minas três traficantes que vendiam drogas pelo WhatsApp

Renata Evangelista
12/02/2019 às 15:40.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:31
 (PF/Divulgação)

(PF/Divulgação)

Três traficantes que vendiam drogas via WhatsApp foram presos em Minas, nesta terça-feira (12), durante a operação Dealer, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Além do trio, os agentes prenderam outras seis pessoas em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Sergipe.

Conforme o delegado Valdemar Latance Neto, os investigados são "jovens entre 20 e 30 anos de classe média alta". O grupo, segundo as investigações, comercializava maconha, ecstasy e LSD. Há indícios de que a droga vinha da Europa. "Foi vista atividade em redes sociais (de um dos presos) oferecendo viagens gratuitas à Europa a trabalho. Suspeita-se que essas viagens eram feitas para as pessoas irem lá buscar a droga para ele", disse o investigador.

No total, a PF cumpriu 10 mandados de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão. Um dos suspeitos não foi localizado e está foragido. Em Minas, uma ordem de prisão e outra de busca e apreensão foram cumpridas em Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado. A cidade foi a única no Estado alvo da investigação e o suposto traficante foi detido em casa.

Porém, outros dois suspeitos de Florianópolis foram encontrados e presos em Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro. Todos os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Com os suspeitos foram apreendidos cartões e documentos.

Os investigados serão indiciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, com penas de 3 a 15 anos de prisão e multa.

Ação coordenada

Apurações da PF apontam que a venda das drogas era feita em um grupo de conversa no aplicativo, que reunia vendedores e compradores. "A investigação se concentrou em identificar aquelas pessoas que efetivamente estavam vendendo drogas", declarou o delegado.

As ações do grupo eram "coordenadas" e o pagamento era feito por meio de transferência bancária. "No curso da investigação, um agente encoberto conseguiu adentrar esse grupo e, com autorização judicial, comprou drogas de um dos investigados. Ficou muito clara a coordenação entre eles, porque quem nos encaminhou a droga foi um outro investigado. A partir desse momento, nós percebemos que eles não agiam ali como lobos solitários, isoladamente. Eles agiam de maneira conjunta e coordenada", relatou Latance Neto.

Ainda conforme a PF, os traficantes faziam a entrega da droga tanto pessoalmente quanto pelos Correios.

(*Com Estadão Conteúdo)

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