Pimentel diz que ação da Polícia Militar em confusão na UFMG será apurada

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
18/11/2016 às 19:28.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:43

O governador Fernando Pimentel (PT) informou através de sua página na rede social Facebook que a ação realizada pela Polícia Militar durante umja manifestação de estudantes nesta sexta-feira (18), em frente ao campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) será apurada. O governador disse ainda que lamenta o ocorrido e que ratifica o mais profundo respeito à liberdade de manifestação.  

A manifestação na porta da UFMG foi realizada por estudantes contrários à aprovação da PEC 241/55, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Segundo testemunhas que acompanham o protesto, alunos que estavam na avenida Antônio Carlos teriam sido alvo de policiais durante o ato. A Polícia Militar informou apenas que foi enviado apoio do Batalhão de Choque para acompanhar o protesto.

Em nota, a Polícia Militar informou que negociou exaustivamente com os manifestantes para que deixassem parte da via liberada, porém sem sucesso. A corporação disse ainda que não é contrária a nenhum tipo de manifestação, inclusive garante que todos os direitos sejam resguardados. “No caso em questão, mesmo depois de vasta negociação, e tendo a PM recebido várias ligações via 190, bem como de pessoas necessitadas de urgência e presas em quilômetros de congestionamento que abordavam os policiais no próprio local, inclusive, valendo-se da tentativa da polícia de que os manifestantes desocupassem pelo menos uma das vias, o que não ocorreu, a PM ainda tentou que os manifestantes liberassem pelo menos uma das vias”.  

A nota informa ainda que a corporação lançou três granadas de efeito moral, momento em que os manifestantes deixaram as vias e correram para a parte interna do campus, onde começaram a arremessar pedras, garrafas e pedaços de madeira contra os policiais que lá estavam. “Para rechaçar a injusta agressão, os policiais mais próximos foram obrigados a utilizar munições de elastômero [bala de borracha]. A ação controlou os ânimos e restabeleceu a ordem. Os policiais mantiveram o diálogo com algumas lideranças que se aproximaram e a ordem permaneceu estável até o presente momento”.

Posicionamento UFMG

Na tarde desta sexta-feira (18), a UFMG divulgou nota se posicionamento contra a ação da Polícia Militar na manifestação. “leal à sua história de compromisso com a sociedade, a UFMG reitera, nos termos da nota do Conselho Universitário, de 17 de novembro de 2016, o reconhecimento ao livre direito de manifestação e o repúdio a violações de direitos humanos e a quaisquer atos de violência contra membros da comunidade universitária e da sociedade”.

O próprio reitor da universidade Jaime Arturo Ramírez, em entrevista à rádio UFMG Educativa, classificou a atitude da PM como inadmissível. “As imagens falam por si: são fortes. Uma ação excessiva, violenta, inaceitável. Não é aceitável que a polícia dispare balas ou bombas contra a comunidade universitária, que entre no campus sem autorização e que agrida a comunidade. Uma agressão a qualquer membro da comunidade é uma agressão a toda a comunidade. Nós repudiamos essa ação da Polícia”.

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Confira o vídeo que mostra a confusão:

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