Vândalos driblaram as câmaras de monitoramento do Hipercentro de Belo Horizonte, e aproveitaram para pichar os monumentos da cidade. Na madrugada desta segunda-feira (25), mais uma vez, o pirulito da Praça Sete, no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas, em plena área central, foi pichado.
De acordo com a Guarda Municipal, no local há várias câmaras de monitoramento da BHTrans. O problema, segundo a assessoria da BHTrans, é que todas estão voltadas para o trânsito. Nenhum suspeito foi flagrado nessa ação. Após o monumento ser novamente pichado, uma das câmaras foi direcionada para o local.
No início deste ano, um verniz que impede a aderência de spray, tinta e cola foi aplicado no obelisco para prevenir a ação dos pichadores. A tecnologia é uma das apostas da prefeitura para livrar a capital da depredação. De acordo com a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), o verniz permite a retirada da sujeira a seco, sem a necessidade de produtos químicos ou solventes.
Segundo a SLU, após a perícia da Guarda Municipal, o obelisco será novamente limpado. Duas pessoas farão a remoção, que pode começar nesta terça-feira (26).
Conforme mostrado pelo Hoje em Dia, no dia 20 deste mês, um dos principais aliados da polícia no combate ao crime, o Olho Vivo funciona parcialmente em Belo Horizonte. Cerca de 10% das 164 câmeras da capital não operam devido à falta de manutenção, ao desgaste natural e a ação de ratos que destroem os cabos e até a obras da prefeitura.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) admite a inoperância de parte do sistema, mas não informa o número exato de equipamentos danificados nem desde quando as câmeras estão fora do ar. O valor estimado para fazer os reparos e comprar peças sobressalentes é de R$ 1 milhão, recurso previsto no orçamento de 2012. O dinheiro ainda não foi liberado.
O programa de vigilância existe em BH desde 2004. Hoje, conta com 78 câmeras no Centro e 86 na zona Noroeste e na Pampulha.