Placas da rua da Bahia vão contar a história de ícones de BH

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
09/03/2016 às 06:47.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:44

Ao longo dos cerca de três quilômetros da rua da Bahia, no Centro, dezenas de museus, edifícios emblemáticos e ícones de Belo Horizonte contam a história da capital. Esses imóveis, e até mesmo esquinas, começaram, nessa terça (8), a receber sinalizações descritivas, como parte de um projeto da Fundação Municipal de Cultura (FMC). Em dez dias, 83 placas serão instaladas.

Já na segunda fase, símbolos das avenidas Afonso Pena, Olegário Maciel e Bias Fortes terão detalhes contados, levando ao turista e ao próprio belo-horizontino mais informações sobre a riqueza histórica da cidade.

O Centro de Referência da Moda, o edifício da Drogaria Araujo, o Benzadeus Café e a Cantina do Lucas foram os primeiros a receber a sinalização por meio do projeto “Bahia Revelada – Sinalização Interpretativa do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte”. Ainda nessa primeira fase, as praças ABC e Raul Soares serão identificadas.

Precariedade

Em novembro do ano passado, o Hoje em Dia mostrou como a precariedade da sinalização dos monumentos e imóveis impacta negativamente no turismo. Quem vem visitar a cidade não conhece dados e histórias dos locais por onde passa.

As placas e totens que começam a ser instalados trazem dados sobre o estilo da construção, as famílias que as ergueram e os visitantes que passaram por ali. Os textos são bilíngues e há QR Codes (códigos lidos por smartphones) que levam o visitante ao site da Fundação. O levantamento dos dados começou em 2013.

Segundo o presidente da FMC, Leônidas Oliveira, o objetivo é fazer com que o visitante se sinta parte da cidade. “Muitas pessoas que passam em frente ao edifício Maletta, por exemplo, não sabem que ali foi um ícone de resistência à ditadura. Quando a pessoa recebe esta informação, ela se sente parte da cidade. O mesmo acontece com o Centro de Referência da Moda”, exemplifica.

Rua planejada

Projetada para ser a ligação entre a antiga parte administrativa de Belo Horizonte, na Praça da Liberdade, e o centro comercial da cidade, no entorno da Praça da Estação, a rua da Bahia é um resumo arquitetônico e cultural da capital mineira.

Na rua da Bahia está localizado um dos monumentos urbanos mais conhecidos da cidade: a placa de metal com os dizeres “Minha vida é esta, subir Bahia e descer Floresta”, na praça Afonso Arinos, na esquina com Álvares Cabral. A frase é do poeta Rômulo Paes.

Outras cidades
 
São Paulo - A capital paulista tem mais de 50 placas interpretativas, instaladas em frente a importantes atrativos turísticos.
 
Rio de Janeiro - Com 140 caracteres, placas azuis arredondadas sinalizam os locais de destaque desde a década de 1990 por meio do projeto Circuito do Patrimônio Cultural Carioca.
 
Brasília - Quem visita Brasília tem à disposição mais de 1.200 placas informativas sobre a capital federal, projetada por Juscelino Kubitschek.
 

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