(PM/Divulgação)
O que deveria ser uma manifestação pacífica terminou em quebradeira e feridos na MG-010, em frente a Cidade Administrativa, sede do governo estadual. Policiais militares e moradores das ocupações Izidora (Rosa Leão, Esperança e Vitória) entraram em confronto na manhã desta sexta-feira (19). Um ônibus foi queimado e vários veículos quebrados durante o conflito. Para conter a situação, a PM informou que foi necessário o uso de "instrumentos de menor potencial ostensivo". Por isso, foram utilizados spray de gás de pimenta, bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. No total, segundo os policiais, 28 pessoas detidas no ato. Dentre as vítimas estão crianças, que foram socorridas até o Hospital Risoleta Neves, na região de Venda Nova. Os manifestantes alegaram que foram protestar na via após a notícia de que o Governo decretou o despejo de 8 mil famílias. Por nota, os eles informaram que estavam "dispostos a lutar até o fim e não aceitar o despejo". "Para nós, povo das ocupações, não existe outra forma de viver se não lutar", prosseguiu. (function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0]; if (d.getElementById(id)) return; js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = "//connect.facebook.net/pt_BR/sdk.js#xfbml=1&version=v2.3"; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);}(document, 'script', 'facebook-jssdk'));
Segundo eles, a PM usou balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio, em um ato considerado truculento. O chefe da Sala de Imprensa da PMMG, major Gilmar Luciano, refutou a denúncia. Conforme o militar, os moradores das ocupações não foram para a rodovia para manifestar, e sim para quebrar, em uma ação criminosa. "Foram para interditar o trânsito, colocar fogo em ônibus. Eles estavam tentando ir para o Hospital Risoleta Neves e Shopping Estação para quebrar. A PM interceptou essas pessoas, que estavam fazendo arrastão", disse. Ainda conforme o major, os moradores da ocupação cometeram outra infração ao usar crianças como escudo humano "Isso é um outro crime. O Ministério Público foi acionado". De acordo com Gilmar Luciano, toda a troca de Choque, do Comando de Policiamento Especializado e Batalhão Aéreo estão empenhados no local. (function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0]; if (d.getElementById(id)) return; js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = "//connect.facebook.net/pt_BR/sdk.js#xfbml=1&version=v2.3"; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);}(document, 'script', 'facebook-jssdk'));
Trânsito Conforme a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), os dois sentidos da MG-010 foram fechados por aproximadamente 500 pessoas. Após o confronto, a situação começou a ser normalizada em relação ao trânsito, mas algumas pistas ainda estão fechadas. Há congestionamento no trecho e a situação é crítica.
Por meio de nota, o Governo informou que negocia com os líderes dos movimentos populares soluções para o problema de moradia das famílias residentes em ocupações. "Em março passado, foi apresentada aos moradores das ocupações da Izidora (Vitória, Esperança e Rosa Leão), em Belo Horizonte, a proposta de construção de conjuntos habitacionais pelo programa "Minha Casa, Minha Vida - Faixa 1", assegurando o assentamento das famílias em parte das cerca de 9 mil unidades que serão construídas na primeira fase de obras", diz trecho do comunicado. A prevê a desocupação de parte da área para que as obras sejam feitas. Durante a construção dos conjuntos habitacionais, prevista para um período de 18 meses, o Governo se comprometeu com o remanejamento das famílias da área ocupada para outra área na mesma região até que todos sejam reassentados nos imóveis novos. Foi proposto também o fornecimento de um kit básico para a construção das moradias temporárias. "Todos os conjuntos habitacionais serão equipados com escolas, postos de saúde, áreas de lazer, acesso a água tratada e esgoto e ao transporte público". Conforme o Estado, todas as propostas feitas aos líderes da ocupação da Izidora foram recusadas, o que obriga ao cumprimento da decisão judicial de reintegração de posse da área ocupada. Reunião A Polícia Militar convocou para esta sexta-feira uma reunião com representantes dos moradores da ocupação, do Ministério Público e da Prefeitura de Belo Horizonte para anunciar a execução da reintegração de posse da área nos próximos dias. A ação é uma determinação da Justiça, a pedido da prefeitura de Belo Horizonte. Nota divulgada pela Polícia Militar: A PMMG informa que, nesta manha por voltas das 10:15, uma multidão com aproximadamente 500 pessoas, provenientes da ocupação conhecida como Isidoro, tentaram ocupar a MG 10, na altura da cidade administrativa, ocasião em que provocaram uma grande quebradeira, inclusive atearam fogo em um ônibus coletivo.A PMMG Prontamente Restaurou A Ordem Publica No Local, E No Momento Se Faz Presente Contanto Com As Seguinte Estrutura Operacional: A tropa de Choque, ROTAM, Batalhão Aéreo, Batalhão de Polícia Militar Rodoviário, além do efetivo do 13º Batalhão. A PMMG ao impedir a ação criminosa foi agredida pelos manifestantes, ocasião em que precisou empregar instrumentos de menor potencial ostensivo (agente de pimenta, agente lacrimogêneo, elastômero).