PM faz operação em busca de dependentes químicos que querem reabilitação

Ana Lúcia Gonçalves - Do Hoje em Dia
27/06/2012 às 17:19.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:08
 (Leonardo Morais)

(Leonardo Morais)

GOVERNADOR VALADARES – A Polícia Militar voltou a ocupar, nesta quarta-feira (27), as chamadas “zonas quentes da criminalidade”, em Governador Valadares, no Leste do Estado. Desta vez à procura é por usuários de drogas. O objetivo da operação é identificar viciados que querem fazer tratamento e não sabem a quem recorrer e encaminhá-los aos serviços de atendimento oferecidos pelo município. Vinte foram cadastrados no primeiro dia da operação, que segue até sexta-feira, dia 29.   “Conhecemos a maioria dos pontos e os usuários. Se na hora da abordagem estiverem com drogas serão presos pelo porte ou tráfico, mas nosso maior objetivo nesta operação é a prevenção, direcionar os que assumem a dependência química e querem ajuda”, informa o tenente Lindomar Batista. Se optarem, os interessados são levados na mesma hora, de viatura, para o Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps-AD), órgão do município que orienta os dependentes. Oito fizeram essa escolha, nesta quarta-feira.   “Todas as pessoas, até mesmo aquelas que alegam não serem usuárias de drogas, recebem os folhetos com orientações sobre os malefícios das drogas e endereço do órgão que deverá procurar. Outra opção é ligar para o 190”, informa o policial. De acordo com o tenente, o cadastro que está sendo elaborado formará um banco de dados para auxiliar órgãos públicos e a PM em suas ações preventivas e estratégicas. A maioria dos crimes que acontecem em Valadares estão relacionados ao uso e tráfico de drogas. Este ano já foram registrados 57 assassinatos em Valadares.   “Precisamos saber, com mais exatidão, quantos são e onde estão os dependentes”, enfatizou Batista, lembrando que a ação preventiva da PM é feita com efetivo de 40 homens em dez viaturas e marca a abertura das atividades alusivas aos 60 anos do Sexto Batalhão de Polícia Militar. Nesta quarta-feira as abordagens na área central foram concentradas entre as ruas Euzebinho Cabral e Afonso Pena, conhecida por “Cracolândia”.   O braçal Ermino de Oliveira, de 50 anos, aceitou ajuda. Ele tem cinco passagens por brigas e uso de drogas. “Sou viciado há oito anos e não consigo me libertar do crack sozinho. Por causa do vício perdi contato com minha família. Sinto falta dos meus filhos e preciso me curar para reencontrá-los”, disse. Os quatro filhos moram no Espírito Santo. Outro cadastrado feito ontem na cracolândia foi o de M.U.O.S., de 27 anos. ”Já tive outras oportunidades e não aproveitei. Agora vai ser diferente", assegurou.

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