PM que atirou em civis no bairro Juliana é indiciado, mas está em liberdade

Tabata Martins - Hoje em Dia
02/12/2013 às 14:10.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:30

O policial militar que atirou contra dois policiais civis no bairro Juliana, na região Norte de Belo Horizonte, foi indiciado. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, cabo Samuel Cabral de Oliveira Andrade, de 30 anos, irá responder pelos crimes de homicídio tentado qualificado e dano qualificado. O responsável pelas investigações foi o delegado Hugo e Silva, que encerrou o inquérito e o enviou à Justiça na última sexta-feira (29).   Para o policial, o cabo da Polícia Militar (PM) não agiu com "a devida cautela", assim como "mostrou violência" ao danificar uma viatura e a motocicleta de uma testemunha.   O investigador da Polícia Civil (PC) Marcelo Batista Bento, de 31 anos, e o escrivão Marcelo Gonçalves Ferreira, de 32,foram baleados no dia 20 de novembro deste ano, após serem confundidos com assaltantes ao abordarem um motociclista durante investigação. O piloto foi parado pelos civis em frente à papelaria da esposa do militar. Eles estavam em um carro descaracterizado e, por isso, a comerciante achou que se tratava de um assalto e pediu ajuda para o companheiro. Em seguida, o cabo atirou diversas vezes contra os civis.   Os integrantes da PC, que são da Delegacia de Vespasiano, na Grande BH, foram socorridos e levados para o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova. Porém, Marcelo Gonçalves Ferreira precisou ser transferido para o Hospital Vera Cruz, em Belo Horizonte. Ambos já receberam alta.   O fato dos dois policiais civis terem sido baleados por militar causou atrito entre as corporações. O cabo Ferreira foi detido e encaminhado a um Batalhão da PM. Porém, ele foi beneficiado por um habeas corpus e solto. No pedido de liberdade, a defesa do militar alegou "erro de tipo", que está descrito no artigo 20 do Código Penal Brasileiro e faz referência à "uma circunstância fática que retira do sujeito ativo a plena noção da realidade". Isso quer dizer que, o cabo não sabia o que estava fazendo, uma vez que, se soubesse dos fatos reais, não tinha atirado contra os civis.

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